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Lisboa sobe na lista das cidades com melhor qualidade de vida
Viena é a cidade com melhor qualidade de vida a nível mundial. A capital portuguesa encontra-se na 37.ª posição, acima de Madrid, Barcelona, Paris, Londres ou Nova Iorque.
O 21.º estudo anual Quality of Living da Mercer mostra que muitas cidades em todo o mundo ainda oferecem ambientes atrativos para fazer negócios. As cidades mais bem pontuadas são as que perceberam que a qualidade de vida é uma componente essencial no que se refere à atratividade de negócios e à mobilidade de talento, refere a consultora nas suas conclusões.
Globalmente, Viena lidera o ranking pelo 10.º ano consecutivo, seguida de perto por Zurique (2.ª). Em terceiro lugar ex-aequo encontram-se Auckland, Munique e Vancouver – a cidade com melhor ranking na América do Norte nos últimos 10 anos.
Singapura (25.ª), Montevideo (78.ª) e Porto Luís (83.ª) mantêm o seu estatuto de cidades com o ranking mais elevado na Ásia, América do Sul e África, respetivamente.
Apesar de Bagdade continuar no lugar mais baixo da lista, verificaram-se melhorias significativas associadas aos serviços de segurança e saúde. Caracas, contudo, viu as suas condições de vida caírem devido à instabilidade política e económica, sublinha o relatório.
Analisando apenas o Velho Continente, as cidades europeias continuam a ter a qualidade de vida mais elevada do mundo, com Viena (1.º), Zurique (2.º) e Munique (3.º) a ocuparem os lugares cimeiros (mantendo igualmente estes postos a nível mundial – aliás, 13 cidades do top 20 são europeias).
Lisboa, encontra-se este ano na 37.ª posição, tendo subido uma posição relativamente a 2018. Esta classificação permite-lhe estar acima de cidades como Paris (39.ª), Londres (41.ª) ou Nova Iorque (44.ª).
Mas o grande salto da capital portuguesa verifica-se no ranking da Segurança. Neste, Lisboa encontra-se na 31.ª posição, subindo 12 lugares relativamente a 2005, quando se encontrava em 43.º. Neste aspeto Lisboa encontra-se acima de cidades como Dublin (32.ª), Paris (60.ª) ou Barcelona (61.ª).
As principais capitais europeias, como Berlim (13.º), Paris (39.º) e Londres (41.º) permaneceram estabilizadas no ranking deste ano, enquanto Madrid (46.º) subiu 3 lugares e Roma (56.º) subiu um.
Minsk (188.º) Tirana (175.º) e São Petersburgo (174.º) permaneceram como as cidades com o ranking mais baixo na Europa este ano, enquanto Sarajevo (156.º) subiu três lugares devido à queda de crimes reportados.
A cidade mais segura da Europa foi Luxemburgo, seguida de Basileia, Berna, Helsínquia e Zurique, reunidas em segundo lugar. Moscovo (200.º) e São Petersburgo (197.º) foram, este ano, as cidades menos seguras na Europa.
As cidades que mais caíram no ranking na Europa Ocidental entre 2005 e 2019 foram Bruxelas (47.º), devido aos ataques terroristas recentes e Atenas (102.º), refletindo a sua recuperação lenta da convulsão económica e política, em seguimento da crise financeira mundial.
"Estruturas locais fortes são essenciais para as operações globais das multinacionais, e são impulsionadas em grande parte pelo bem-estar pessoal e profissional dos quadros que as empresas colocam nesses locais," refere Tiago Borges, líder da área de Rewards da Mercer | Jason Associates.
E prossegue: "as alterações que estão em curso em termos socioeconómicos a nível mundial estão a fazer com que as empresas e organizações reflictam mais a fundo sobre as oportunidades de negócio além-fronteiras. Diversos fatores entram em jogo nestas tomadas de decisão, tais como a segurança – que incluímos na nossa análise deste ano".
"No que se refere às principais conclusões que retirámos internamente, percebemos que Lisboa, no que toca a segurança, subiu várias posições em comparação com o mesmo índice que lançámos em 2005. Estamos a atravessar um momento estável a nível económico, com investimento internacional, uma taxa de desemprego relativamente baixa e resultados animadores no que toca, por exemplo, às exportações. A qualidade de vida da capital portuguesa tem vindo a evoluir em todos os sentidos, fazendo de Lisboa uma opção incontornável a nível internacional", acrescenta o mesmo responsável.