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Lagarde vai manter postura “dovish” de Draghi no BCE

A próxima líder do Banco Central Europeu deu claros sinais de que iria manter a política de corte de taxas de juro do atual presidente Mario Draghi, numa altura em que os receios de uma recessão ganham força.

Reuters
29 de Agosto de 2019 às 17:32
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Na sua primeira declaração pública sobre política monetária, Christine Lagarde, ainda diretora do Fundo Monetário Internacional, disse que ia seguir a política "dovish" assumida por Mario Draghi, segundo a Bloomberg.

Apesar de Lagarde considerar que a economia atual enfrenta vários riscos de abrandamento, disse que o BCE tem todas as ferramentas para enfrentar uma possível recessão e que estaria preparada para as usar, caso fosse necessário.

"A política monetária precisa de se manter altamente acomodatícia para que se consiga prever o futuro", respondeu Lagarde, a um questionário feito pelo Parlamento Europeu. "Os instrumentos implantados terão que depender da natureza dos choques que afetem as perspetivas de inflação e das condições do mercado financeiro".

Os sinais dados por Lagarde surgem apenas algumas semanas antes da próxima reunião do BCE, que se irá realizar no dia 12 de setembro, e onde se espera que Mario Draghi decida dar início a uma nova ronda de estímulos monetários.  

"Embora eu não acredite que o BCE tenha atingido o limite inferior das taxas de juro, é claro que este nível tem implicações para o setor bancário e para a estabilidade financeira", adiantou Lagarde, considerando que será necessário manter um acompanhamento da evolução da situação para evitar um efeito adverso. 

Alguns membros do conselho de governantes do BCE esperam inclusive que o programa de "quantitative easing" seja relançado, apesar de não ser um tema consensual. Klass Knot, holandês e um dos decisores do banco central, afirmou que lançar o programa de compra de ativos é ainda desnecessário, uma posição já defendida pelo alemão Jens Weidmann. 

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