Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

João Vieira Lopes: "Estamos preparados para um salário mínimo de 600 euros"

O presidente da CCP sugere que só daria acordo a um valor superior com os "incentivos" às empresas ou medidas de redução da carga fiscal que não constam da proposta de orçamento do Estado.

A carregar o vídeo ...
  • 10
  • ...

A CCP "preparou-se" para novo um aumento do salário mínimo de 3,4%, para 600 euros, em 2019. Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, no programa Conversa Capital, João Vieira Lopes sugere que só dará acordo a um valor superior caso haja novos incentivos para as empresas.

Desvalorizando o fim do pagamento especial por conta – que "já estava previsto" – e lamentando o agravamento das tributações autónomas, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP) sustenta que só é possível ir além do previsto nos aumentos salariais com um alívio da carga fiscal.

"É razoável ficar naquilo que o Governo propôs [600 euros]. Ou seja, preparámo-nos para isso", começa por dizer João Vieira Lopes.

Se o valor previsto no Programa do Governo é "um dado adquirido", uma subida para um valor superior a 600 euros, como em Junho chegou a admitir o Executivo (depois de a CIP ter anunciado "surpresas"), só faz sentido, de acordo o presidente da CCP, com incentivos às empresas.

"Teria de haver um conjunto de incentivos às empresas – em termos fiscais ou outros – que nos levasse a poder balancear essa situação. E até este momento não temos nenhum indício que exista".

O salário mínimo nacional estava nos 505 euros brutos em 2015. Desde que o Governo tomou posse aumentou em média de 4,7% por ano, estando agora nos 580 euros.

Nem sempre há acordo

É o Governo que toma a decisão, depois de ouvir a concertação social.

Nos primeiros dois anos da legislatura o Governo conseguiu um acordo com as confederações patronais e com a UGT para a subida do salário mínimo nacional, mas o segundo entendimento teve de ser corrigido à pressa depois de o PSD se ter juntado ao PCP e ao Bloco de Esquerda para chumbar, no Parlamento, a principal contrapartida: uma descida da TSU para as empresas abrangidas.

No ano passado, as confederações patronais exigiram que não houvesse qualquer mudança na lei laboral e o Governo optou por decretar o aumento sem acordo com os parceiros sociais. Apesar disso, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, chegou em Maio a um entendimento com os patrões precisamente sobre as mudanças na lei laboral. Que foram aprovadas na generalidade graças aos votos favoráveis do PSD.

Ver comentários
Saber mais Salário mínimo concertação social IRC OE2019
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio