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Jeroen Dijsselbloem anuncia saída da política

O presidente do Eurogrupo vai manter-se no cargo até meados de Janeiro mas deixa a política holandesa já a 25 de Outubro.

Bloomberg
11 de Outubro de 2017 às 11:09
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O ainda ministro das Finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou esta quarta-feira, 11 de Outubro, que vai deixar a política, numa carta publicada online com o título "Deixo a política holandesa".

Dijsselbloem vai retirar-se no próximo dia 25 de Outubro, depois de cinco anos no cargo de ministro das Finanças e 17 anos como membro do parlamento. A decisão coincide com a formação e posterior entrada em funções do novo Governo da Holanda, resultante de uma coligação de quatro partidos, que exclui os trabalhistas do PvdA.

O acordo entre os deputados das quatro formações foi anunciado ontem pelo primeiro-ministro holandês Mark Rutte, depois de um longo período de conversações de quase sete meses, sendo que a composição do novo Executivo deverá ser conhecida dentro de dias.  

"Os resultados das eleições de 15 de Março determinaram a hora da partida. O Partido Trabalhista, o meu partido, precisa de mais e precisa de armas. Cheguei à conclusão que neste papel, e nesta fase, não tenho esse poder de fogo", escreveu o governante na carta divulgada.

O partido de Dijsselbloem teve o seu pior resultado de sempre nas eleições realizadas em Março deste ano, que levou os trabalhistas a excluírem-se das negociações para a formação de uma coligação de governo. Na carta, o responsável escreve que o partido "pagou o preço" pelas medidas de austeridade implementadas para restaurar a confiança na quinta maior economia da Zona Euro, depois da crise financeira. "A crise obrigou-nos a dar grandes passos. E isso trouxe-nos ao sítio onde estamos agora", resumiu.

Apesar da sua retirada da política holandesa, Dijsselbloem vai manter-se no cargo de líder do Eurogrupo até meados de Janeiro, altura em que termina o seu mandato e é eleito um novo presidente.

Dijsselbloem assumiu este cargo em 2013, no auge da crise da dívida soberana do euro, tendo sido o responsável pelo grupo de ministros das Finanças da região da moeda única durante a crise em Chipre e a ameaça do ‘Grexit’.

Foi apontado para um segundo mandato no ano passado e confrontado com exigências de demissão, já este ano, depois de ter dito a um jornal alemão que os países mais afectados pela crise gastaram o seu dinheiro em mulheres e álcool. 

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