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ISEG antecipa 1,2% de subida em cadeia do PIB no primeiro trimestre

Análise alerta para efeito de base na recuperação da procura turística que não deverá repercutir-se no resto do ano.

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21 de Abril de 2023 às 12:17
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O grupo de análise económica do ISEG reviu nesta sexta-feira em alta a estimativa de crescimento para o primeiro trimestre. Num cenário central, os economistas da instituição admitem uma variação em cadeia de 1,2%, com a variação homóloga nos 2,1%.

 

A atualização de previsões na nova síntese de conjuntura do ISEG decorre das perspetivas de uma maior contributo para o PIB da procura externa líquida do que aquele que era inicialmente antecipado.

 

A nota da instituição destaca que "o contributo positivo da procura externa líquida já  tinha sido uma constante ao longo de 2022, mas sempre inferior ao contributo da procura interna".

 

Alguma recuperação na procura de serviços turísticos por realizar face ao arranque de 2022 terá, no primeiro trimestre deste ano, "ajudado num efeito base parcial".

 

Segundo o ISEG, "a expectativa é a de que no primeiro trimestre de 2023 o contributo da procura externa líquida cresça relativamente ao quarto trimestre de 2022 e o contributo da procura interna, penalizado pela incerteza e as dificuldades da economia europeia associadas à situação de guerra na Ucrânia, ao surto inflacionista e à subida das taxas de juro, decresça e seja apenas ligeiramente positivo". "Em especial, admite-se que no global, apesar de contrações em alguns segmentos, o consumo privado terá crescido de forma ligeira enquanto o crescimento do investimento se afigura menos provável", reflete a análise.

 

A variação em cadeia de 1,2% antecipada pelo ISEG representa o dobro daquela que é estimada pelo Ministério das Finanças, à espera de um crescimento trimestral de 0,6% do PIB no arranque do ano, segundo indicou ontem no Parlamento o ministro das Finanças, Fernando Medina.

 

Já para o conjunto do ano, a síntese de conjuntura publicada projeta um máximo de 2% de crescimento do PIB, revendo em baixa o teto das últimas previsões de janeiro, que apontavam para uma subida entre 1% a 2,2%. A base do intervalo de crescimento das novas projeções sobe no entanto apoiada pelos dados do primeiro trimestre, para um mínimo de 1,5%.

 

Na nota, o grupo do ISEG alerta que "a dinâmica da economia até ao final do ano deverá ser diferente da verificada no primeiro trimestre de 2023". "Em especial, para garantir uma taxa de crescimento anual na ordem dos 2%, o contributo da procura interna para o crescimento terá de subir, pois não é de esperar que o contributo da procura externa líquida, uma vez terminada a regularização do crescimento da procura turística externa, se mantenha ao nível do verificado no primeiro trimestre do ano", explica.

 

 

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