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Irão diz ter destruído drone americano e tensões aumentam
As tensões entre os Estados Unidos e o Irão estão a escalar. Depois de Trump ter reforçado as forças militares no país do Médio Oriente, o Irão diz ter detetado um drone no seu espaço aéreo e aniquilou-o.
O Irão, liderado por Hassan Rouhani (na foto), anunciou que destruiu um drone de espionagem americano que circulava no espaço aéreo iraniano. Este episódio marca o escalar das tensões políticas sentidas no Golfo Pérsico, uma região que fornece um terço do petróleo utilizado a nível mundial.
"Nós defenderemos o espaço aéreo do Irão e as fronteiras marítimas com tudo o que pudermos", declarou o secretário-geral do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Shamkhani, citado por uma agência de notícias controlada pelo governo.
A contradizer a versão iraniana dos factos está a de um oficial norte-americano, que quis manter o anonimato, mas que foi citado no Twitter pelo jornalista da Fox Lucas Tomlinson. Tomlinson escreveu que o drone foi abatido quando se encontrava em espaço aéreo internacional, acima do estreito de Hormuz.
O incidente com o drone aconteceu depois de chegarem à Casa Branca relatos de outro confronto: os rebeldes do Iémen terão lançado um míssil durante a noite com a Arábia Saudita como alvo. Fonte oficial de Washington disse que a situação estava a ser "monitorizada de perto".
Há apenas dois dias, os EUA decidiram enviar cerca de mil militares suplementares para o Médio Oriente em contexto de tensões acrescidas com o Irão, anunciou o chefe do Pentágono, Patrick Shanahan. Dias antes, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou o Irão de ser "responsável" pelos ataques de contra petroleiros no mar de Omã, após anteriores incidentes com quatro navios, incluindo três petroleiros, ao largo dos Emirados Árabes Unidos.
Os Estados Unidos têm pressionado o Irão depois de, ano passado, terem apresentado um alista de exigências que o país tem de cumprir para deixar de ser alvo de penalizações. Entre essas exigências estão novos limites ao seu programa nuclear e o fim do apoio a grupos terroristas designados pelos EUA.