O índice de preços no consumidor (IPC) em Portugal aumentou 0,4% em Março, face ao mês anterior, impulsionado pelos segmentos dos transportes e hotelaria. A inflação média anual abrandou dos 4,1% para os 4%, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de inflação homóloga permaneceu estável nos 3,2%, enquanto o IPC harmonizado, calculado de acordo com os métodos da União Europeia, situou-se nos 4,1%, abaixo dos 4,2% verificados em Fevereiro.

O INE sublinhou que «as classes de transportes e hotéis, cafés e restaurantes foram as que contribuíram de forma mais significativa para a variação mensal alcançada», com incrementos de 0,9% e 0,8%, respectivamente.

Na classe dos transportes, a intensidade do crescimento dos preços em Março «reflecte essencialmente a actualização do preço dos transportes públicos e dos combustíveis», acrescentou a mesma fonte.

Face a Fevereiro, todas as classes de bens e serviços registaram aumentos, à excepção das comunicações e da educação, segmentos em que os preços se mantiveram estáveis em termos mensais.

Em termos homólogos, os maiores aumentos dos preços verificaram-se na educação (6,1%), bens e serviços diversos (5,5%) e ainda hotéis, cafés e restaurantes, com uma progressão de 5,1%.

Diferencial face a UE diminui

O abrandamento do IPC harmonizado permitiu a aproximação da taxa de inflação nacional à média da Zona Euro em Março, sublinhou o INE.

Com esta evolução, o diferencial passou a situar-se em Março nos 1,5 pontos percentuais, face aos 1,6 pontos percentuais verificados no mês anterior, tendo por base a estimativa preliminar do Eurostat para a evolução da inflação europeia.