O índice de preços no consumidor (IPC) da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, cresceu 0,1% em Março, depois de avançar 0,6% em Fevereiro, anunciou hoje o Governo germânico.

No mesmo período, a taxa de inflação anual da Alemanha desceu para os 2,5%, contra os 2,6% verificados no mês anterior, que representaram a maior progressão dos últimos seis anos.

O abrandamento verificado em Março esteve relacionado com a descida dos preços dos combustíveis, que contrabalançou até certo ponto os aumentos verificados nos produtos alimentares, com os preços da carne a reflectirem os efeitos da doença das vacas loucas e da crise da febre aftosa.

Os preços da carne e seus derivados apresentaram um crescimento de 6,2% em Março, face ao mesmo período do ano anterior, enquanto os preços das frutas subiram 7,7% em termos homólogos.

Os combustíveis registaram um crescimento de 2,7% face a Março de 2000, mas caíram 0,8% relativamente ao mês anterior.

O abrandamento da inflação na Alemanha poderá tornar mais fácil uma descida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), na sua reunião de amanhã, para impulsionar o crescimento da economia europeia.

A taxa de referência do BCE, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%, inalterada desde Outubro do ano passado, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais que ainda não desceu o preço do dinheiro este ano.

Entre Novembro de 1999 e Outubro de 2000, o BCE subiu as taxas por sete vezes, na tentativa de controlar as pressões inflacionistas da Zona Euro, que eram impulsionadas pelos elevados preços do petróleo e pela desvalorização da moeda única nos mercados cambiais.

Em Fevereiro, a inflação da Zona Euro atingiu um ritmo anual de 2,6%, acima da meta traçada pelo BCE, que se situa nos 2%.