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IL diz que Governo não deve desvirtuar OE2025 para ceder a quem atrasa o país

"O Governo tem a obrigação de não desvirtuar completamente um orçamento em que se revê para ceder completamente a visões que atrasam o país e que prejudicam as pessoas", respondeu aos jornalistas, sublinhando que "em muitas áreas o Chega comporta-se como uma marca branca do PS".

Miguel A. Lopes / Lusa
19 de Julho de 2024 às 17:51
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O presidente da IL escusou-se esta sexta-feira a posicionar-se sobre o Orçamento do Estado depois da primeira "ronda exploratória" com o Governo, considerando que não se deve "desvirtuar completamente" o documento para ceder a quem atrasa o país.

À saída da primeria reunião com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) -- que não contou com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, por motivo de doença -- Rui Rocha considerou que estas são ainda "rondas exploratórias" e por isso, ao contrário de outros partidos, a IL não se vai posicionar sobre um documento que não conhece.

"O Governo tem a obrigação de não desvirtuar completamente um orçamento em que se revê para ceder completamente a visões que atrasam o país e que prejudicam as pessoas", respondeu aos jornalistas, sublinhando que "em muitas áreas o Chega comporta-se como uma marca branca do PS".

Para Rui Rocha, "esse equilíbrio cabe ao Governo encontrar", mas ressalvou que não deve "trocar tudo prejudicando mais uma vez o país" e "não criando aquela ideia de mudança que foi a razão pela qual os portugueses também deram o sinal de que queriam mudar o Governo".

Na opinião do líder liberal, a estabilidade política não é "em si mesma um valor absolutamente que se impõe a tudo o resto" e o Governo não deve prescindir de uma certa visão para ter estabilidade política.

"No que diz respeito a essa posição de ambição da IL na redução do peso do Estado e na redução de impostos quer para as pessoas, quer para a economia quer para as empresas, abrangendo todos, aí as minhas expectativas são baixas", assumiu.

Entre as preocupações manifestadas por Rui Rocha - que se fez acompanhar na residência oficial do primeiro-ministro pela líder parlamentar, Mariana Leitão, e pelo deputado Bernardo Blanco - está o facto de o Governo fazer uma discriminação em relação "às pessoas que têm mais de 35 anos e que residem em Portugal".

"E não vimos grande abertura para que essa discriminação possa evoluir para soluções que não discriminem fiscalmente estas pessoas", disse.

As propostas estruturais que o presidente liberal levou a esta reunião foram a ideia do IRS baixar para todos, o IVA da construção e o cheque-creche, insistindo "na eliminação de derramas que dão um sinal errado à economia" e das tributações autónomas.

A "boa notícia" que Rui Rocha encontrou nesta reunião com o Governo foi a "abertura para a flexibilização dos regimes dos trabalhadores por conta própria, trabalhadores independentes e profissionais liberais.

Num aspeto negativo, o presidente levou "poucas pistas" sobre aquilo que o executivo planeia em termos de peso do Estado.


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