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Hashim Thaci rejeita federação ou confederação com a Sérvia

Hashim Thaci, dirigente do Partido Democrático do Kosovo (PDK), vencedor, por maioria relativa nas legislativas de sábado, rejeitou em entrevista hoje publicada qualquer noção de federação ou confederação com a Sérvia, considerando possível só a independê

19 de Novembro de 2007 às 10:48
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Hashim Thaci, dirigente do Partido Democrático do Kosovo (PDK), vencedor, por maioria relativa nas legislativas de sábado, rejeitou em entrevista hoje publicada qualquer noção de federação ou confederação com a Sérvia, considerando possível só a independência.

"Cabe (ao Kosovo) decidir da sua independência, e desejo para tal o apoio internacional", disse Thaci, ex-líder da guerrilha separatista albanesa, em entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"Não podemos esperar que todos os Estados estejam dispostos a reconhecer" a independência do Kosovo, afirmou Thaci, considerando que, apesar das suas reticências, é do interesse da Grécia e do Chipre reconhecer a actual província da Sérvia.

"A ideia avançada pela Sérvia de uma solução do tipo Hong Kong não é viável. O modelo cipriota também não pode ser adaptado ao Kosovo, nem tão pouco as propostas de federação ou de confederação com a Sérvia. Nenhuma dessas ideias se tem de pé", disse Thaci.

O líder do PDK, principal partido vencedor das eleições de sábado, afirmou ainda que os representantes do Kosovo vão continuar a negociar com a Sérvia, no quadro dos esforços da Troika (Rússia, Estados Unidos, União Europeia) até à data prevista, 10 de Dezembro, mas salienta não esperar chegar a um acordo.

"Depois de 10 de Dezembro, o Kosovo tomará a sua decisão (sobre a independência) depois de consultas com Washington e Bruxelas", disse.

Hoje, à entrada para uma reunião dos MNE"s dos 27, em Bruxelas, o presidente em exercício do Conselho de ministros da UE, Luís Amado, disse que a União Europeia esperará até "ao último minuto" das negociações para tomar uma "posição clara" sobre o futuro estatuto do Kosovo.

O chefe da diplomacia portuguesa preside hoje e terça-feira a uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, durante a qual o representante europeu da "troika" (UE, Estados Unidos e Rússia) para a região, Wolfgang Ischinger, vai fazer um ponto da situação sobre as negociações em curso, a menos de um mês do seu epílogo.

"Hoje não haverá conclusões, mas sim um debate. O embaixador Ischinger estará connosco, dar-nos-á conta da forma como têm decorrido as negociações, e vamos reflectir em conjunto sobre os próximos passos a dar", indicou Amado à entrada para o Conselho.

A Sérvia opõe-se totalmente à independência do Kosovo, que considera berço da sua cultura e da sua história.

Sérvios e kosovares deverão reunir-se terça-feira em Bruxelas num frente-a-frente crucial sobre o estatuto da província actualmente administrada pela ONU.

Mais 16.000 soldados internacionais permanecem no Kosovo para velar pela segurança pública na província, onde em 1998/1999 houve uma guerra sangrenta entre a guerrilha albanesa e as forças de segurança da Sérvia.

O conflito terminou em 1999 com bombardeamentos dos Estados Unidos e dos aliados, seguidos pela entrada no Kosovo de uma força especial da NATO, a KFOR, autorizada pelas Nações Unidas.

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