Notícia
Há apenas duas mil casas com rendas acessíveis e trinta mil candidatos ao programa
Associações do setor falam em "falhanço" por o número de candidaturas ser muito superior ao número de casas existentes. Mais de metade dos contratos ativos localizam-se na área metropolitana de Lisboa. Mais de 40% têm uma renda entre os 500 e 800 euros.
10 de Novembro de 2022 às 09:03
O programa de arrendamento acessível conta com mais de 30 mil candidaturas, mas apenas duas mil casas estão disponíveis, avança esta quinta-feira o Jornal de Notícias. Dessas duas mil casas, apenas 900 tinham os contratos ativos no verão, o que tem levado as associações do setor a falarem em "falhanço".
Os dados enviados pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação ao JN mostram que cerca de 55% dos contratos ativos localizam-se na Área Metropolitana de Lisboa e 27% na do Porto. Mais de 40% têm uma renda entre os 500 e 800 euros, enquanto perto de 40% preveem uma renda de 300 a 500 euros.
O presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses, Romão Lavadinho, diz que o programa de arrendamento acessível "nunca resolveu problema nenhum" e que a habitação pública existente é insuficiente. Também António Frias Marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários, diz que o programa de renda acessível é "desajustado da realidade" e que "o nome acessível é ridículo", lembrando que a taxa de esforço dos arrendatários tem um limite de 15 a 35% do rendimento médio mensal.
Os dados enviados pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação ao JN mostram que cerca de 55% dos contratos ativos localizam-se na Área Metropolitana de Lisboa e 27% na do Porto. Mais de 40% têm uma renda entre os 500 e 800 euros, enquanto perto de 40% preveem uma renda de 300 a 500 euros.