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Guiné-Bissau concede à China prospeção e exploração de minério na zona de Boé

À luz desse acordo, rubricado no início desta semana em Bissau, o Governo guineense cedeu à CAC parte de um território na localidade de Boé, no leste do país, onde se acredita existir um "importante jazigo" de bauxite, adiantou Sambu.

DR
17:59
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A Guiné-Bissau e a China Aluminium Corporation (CAC) assinaram um "acordo de parceria estratégica" para prospeção e exploração de minas no território guineense de Boé, disse esta terça-feira à Lusa o ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambu.

À luz desse acordo, rubricado no início desta semana em Bissau, o Governo guineense cedeu à CAC parte de um território na localidade de Boé, no leste do país, onde se acredita existir um "importante jazigo" de bauxite, adiantou Sambu.

"Vão iniciar os estudos brevemente para determinar a quantidade de bauxite existente naquela mina", disse o ministro dos Recursos Naturais.

O acordo assinado entre o Governo guineense e a CAC é o seguimento do memorando de entendimento rubricado aquando da visita do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, à China em julho passado.

Estudos geológicos apontam que a Guiné-Bissau terá na localidade histórica de Boé - onde foi proclamada, de forma unilateral, a independência do país, em 1973 -, mais de 113 milhões de toneladas de bauxite, a principal fonte natural de alumínio.

Em 2007, o Governo guineense concedeu uma licença de exploração daquele minério à Bauxite Angola, uma empresa mista de direito angolano, que viria a interromper os trabalhos de prospeção, iniciados em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau.

Por diversas vezes, desde então, a Bauxite Angola ensaiou o seu regresso, mas o projeto nunca mais avançou, até que em dezembro de 2022, o Governo guineense anunciou, em Conselho de Ministros, a rescisão do contrato ao abrigo do qual havia concedido licença de exploração àquela empresa.

Em março último, Malam Sambu anunciou que a licença de exploração de bauxite "está livre", depois de o Governo guineense considerar que a Bauxite Angola abandonou a concessão.


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