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Grécia afasta ministro das Finanças para o Ambiente

O titular da pasta das Finanças e vice-primeiro-ministro passa a ser Evangelos Venizelos, que até agora ocupava o cargo de ministro da Defesa. Já o novo chefe da diplomacia grega foi recrutado pelo primeiro-ministro no Parlamento Europeu.

17 de Junho de 2011 às 08:57
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Um porta-voz do Executivo de Atenas acaba de anunciar os detalhes da remodelação, que visa recuperar a confiança dos deputados que compõem a maioria socialista e que começavam a contestar a acção do Governo que suportam. Com estas alterações, o primeiro-ministro Georges Papandreu quer assegurar a aprovação no Parlamento o novo “plano de recuperação económica”, que inclui privatizações e nova austeridade, a votar no final de Junho.

Confirma-se assim o abandono de Georges Papaconstantinou (na foto), responsável directo pela implementação do plano negociado com Bruxelas e o FMI, que não sai do governo mas é relegado para a pouco influente pasta do Ambiente. O até agora ministro das Finanças era apontado pelos deputados do seu partido como o responsável maior pela austeridade adicional que está a ser exigida aos gregos. Evangelos Venizelos ocupa o seu lugar, deixando vago o lugar na Defesa.

No comunicado desta manhã foi ainda anunciado o novo ministro dos Negócios Estrangeiros. Quem assumirá a pasta e assumirá algumas das negociações e representações junto dos credores internacionais será Stavros Lambrinidis, eurodeputado eleito nas listas do PASOK, partido grego no poder.

Os novos ministros irão tomar posse às 13h (11h de Lisboa), segundo adiantou a agência France Press. Ainda hoje, o chefe de Governo deverá pedir um voto de confiança no Parlamento para implementar a austeridade adicional na proposta de orçamento que tem sido duramente contestada nas ruas do País.

Ontem, num discurso perante o grupo parlamentar do Partido Socialista grego, o primeiro-ministro dramatizou que "o país atravessa momentos críticos e é necessário existir estabilidade". "O desafio está diante de nós, é um momento histórico. Ou a Europa vai escrever a história ou a história vai apagar a União Europeia", acrescentou horas antes da agora anunciada remodelação governamental.
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