Notícia
Governo grego espera reunião "mais fácil" hoje em Bruxelas
Os ministros das Finanças da zona euro deverão, hoje em Bruxelas, validar em definitivo o segundo programa de ajuda à Grécia, depois de Atenas ter acordado com os seus credores privados a maior operação de sempre de reestruturação da dívida.
12 de Março de 2012 às 07:45
O Governo da Grécia espera hoje em Bruxelas uma reunião do Eurogrupo "mais fácil" e com "menos 'stress'" onde pode ser aprovado o segundo pacote de assistência financeira, disse à Lusa fonte do executivo de Atenas.
"A reunião vai realizar-se com menos 'stress' e vai ser mais fácil porque o ambiente é muito diferente do que aquele que vivemos há duas semanas" disse à Lusa, em Atenas, uma fonte do governo de coligação da Grécia.
A situação económica e financeira grega vai dominar a reunião de ministros das Finanças da zona euro hoje em Bruxelas, mas desta vez num ambiente "diferente", após o acordo entre Atenas e os credores privados.
Na sexta-feira, a Grécia evitou a bancarrota ao alcançar um acordo para a participação dos credores privados na maior operação de sempre de reestruturação da dívida pública, dando assim o passo que faltava para que os seus parceiros da Zona Euro libertem o segundo pacote de assistência financeira na ordem dos 130 mil milhões de euros.
Após o anúncio do acordo entre a Grécia e os credores privados, e de uma conferência telefónica entre os ministros das finanças do espaço monetário único no mesmo dia, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que estão reunidas as condições para a aprovação final do segundo programa de resgate financeiro.
A reunião em Bruxelas acontece num contexto pré-eleitoral na Grécia.
Apesar da indefinição sobre a data da votação, o líder da Nova Democracia, de direita, que compõe com os socialistas do PASOK a coligação governamental, pediu este fim-de-semana a realização de eleições legislativas antecipadas, imediatamente após a Páscoa Ortodoxa, que se assinala a 15 de Abril, e Georges Papandreu demitiu-se domingo da liderança do Partido Socialista (PASOK) dando espaço à candidatura de Evangelos Venizelos que anunciou, perante o Conselho Nacional do partido, que concorre às eleições para líder do partido marcadas para 18 de Março.
"No próximo domingo temos de transformar este processo eleitoral partidário numa grande festa de democracia e participação" afirmou Venizelos, ministro das Finanças do Governo de coligação, num comunicado dirigido aos socialistas gregos, referindo-se também a Christos Papoutsis, ex-ministro do Interior, que retirou a candidatura à corrida à liderança do PASOK.
Venizelos afirmou igualmente, no mesmo comunicado, que os socialistas têm de "recuperar as ligações" com os trabalhadores, agricultores, desempregados e jovens cientistas e juntar "as pessoas que estão desiludidas e que carregam com a crise às costas".
Por outro lado, o Partido Comunista Grego (KKE), terceira formação política no Parlamento, apela à mobilização da esquerda. A secretária geral do KKE, Aleka Papariga, na véspera da reunião do Eurogrupo afirmou numa conferência de imprensa em Komotini, no norte do país, que as eleições na Grécia têm de servir de mensagem a "Merkel, Sarkozy , Juncker e a todos os outros de que as medidas que estão a ser impostas não têm a aprovação do povo".
"A reunião vai realizar-se com menos 'stress' e vai ser mais fácil porque o ambiente é muito diferente do que aquele que vivemos há duas semanas" disse à Lusa, em Atenas, uma fonte do governo de coligação da Grécia.
Na sexta-feira, a Grécia evitou a bancarrota ao alcançar um acordo para a participação dos credores privados na maior operação de sempre de reestruturação da dívida pública, dando assim o passo que faltava para que os seus parceiros da Zona Euro libertem o segundo pacote de assistência financeira na ordem dos 130 mil milhões de euros.
Após o anúncio do acordo entre a Grécia e os credores privados, e de uma conferência telefónica entre os ministros das finanças do espaço monetário único no mesmo dia, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que estão reunidas as condições para a aprovação final do segundo programa de resgate financeiro.
A reunião em Bruxelas acontece num contexto pré-eleitoral na Grécia.
Apesar da indefinição sobre a data da votação, o líder da Nova Democracia, de direita, que compõe com os socialistas do PASOK a coligação governamental, pediu este fim-de-semana a realização de eleições legislativas antecipadas, imediatamente após a Páscoa Ortodoxa, que se assinala a 15 de Abril, e Georges Papandreu demitiu-se domingo da liderança do Partido Socialista (PASOK) dando espaço à candidatura de Evangelos Venizelos que anunciou, perante o Conselho Nacional do partido, que concorre às eleições para líder do partido marcadas para 18 de Março.
"No próximo domingo temos de transformar este processo eleitoral partidário numa grande festa de democracia e participação" afirmou Venizelos, ministro das Finanças do Governo de coligação, num comunicado dirigido aos socialistas gregos, referindo-se também a Christos Papoutsis, ex-ministro do Interior, que retirou a candidatura à corrida à liderança do PASOK.
Venizelos afirmou igualmente, no mesmo comunicado, que os socialistas têm de "recuperar as ligações" com os trabalhadores, agricultores, desempregados e jovens cientistas e juntar "as pessoas que estão desiludidas e que carregam com a crise às costas".
Por outro lado, o Partido Comunista Grego (KKE), terceira formação política no Parlamento, apela à mobilização da esquerda. A secretária geral do KKE, Aleka Papariga, na véspera da reunião do Eurogrupo afirmou numa conferência de imprensa em Komotini, no norte do país, que as eleições na Grécia têm de servir de mensagem a "Merkel, Sarkozy , Juncker e a todos os outros de que as medidas que estão a ser impostas não têm a aprovação do povo".