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Governo extingue estrutura que preparou plano cultural para Belém

É um “final feliz” para a câmara de Lisboa: o Governo decidiu extinguir a estrutura de missão, liderada pelo presidente do Centro Cultural de Belém, que pretendia requalificar o eixo Belém-Ajuda, em Lisboa. A decisão foi tomada esta manhã na reunião do Conselho de Ministros.

Jorge Godinho/Correio da Manhã
18 de Fevereiro de 2016 às 16:06
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A estrutura de missão que preparou o Plano Estratégico Cultural da Área de Belém foi extinta pelo Governo. A decisão foi tomada no Conselho de Ministros desta quinta-feira, que justifica a extinção com o "não envolvimento no projecto da Câmara Municipal de Lisboa". A estrutura, liderada pelo presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), António Lamas, sempre foi criticada pela câmara de Lisboa. O presidente Fernando Medina chegou a dizer que a extinção seria o único "final feliz" para o processo.

 

A Estrutura de Missão da Estratégia Integrada de Belém estava "encarregada da elaboração do Plano Estratégico Cultural da Área de Belém" e chegou a gastar várias dezenas de milhares de euros em estudos para preparar o documento. A ideia de António Lamas era que fosse a administração do CCB a fazer a gestão de equipamentos e museus tão diferentes como o Mosteiro dos Jerónimos, o Museu dos Coches ou da Electricidade, a Torre de Belém ou ainda dois jardins botânicos – o Tropical e o da Ajuda.

 

Outra das ideias era fazer percursos temáticos ligados aos Descobrimentos. Para que esses percursos não fossem interrompidos pela linha de comboio que liga Cascais ao Cais do Sodré, o plano previa que a linha fosse eliminada, sem especificar como. O ideal era evitar que os atravessamentos se fizessem como agora, através de passagem aérea ou subterrânea.

 

O plano ficou disponível para consulta em Setembro do ano passado. Ao Público, em Janeiro, o ministro da Cultura, João Soares dizia discordar "profundamente" da estratégia que constava do documento. Fernando Medina chegou a dizer, numa reunião da câmara de Lisboa, em Novembro último, que a autarquia não foi "ouvida nem consultada". Igualmente citado pelo Público, expressou então um desejo: "Este processo não começou bem, prosseguiu pior e esperemos que tenha um final feliz, com a extinção da equipa e a confinação ao que são as competências próprias de cada um".

 

É pois um "final feliz" para Fernando Medina.

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