O Governo espanhol instaurou uma investigação na sequência de suspeitas de concertação entre eléctricas do país vizinho, entre as quais a Hidrocantábrico, no sentido de elevarem os preços, noticiou o «Expansión», citando o ministro da Economia espanhol, Rodrigo Rato.

De acordo com a mesma fonte, as autoridades espanholas para a concorrência vão examinar o comportamento da Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Hidrocantábrico, esta última detida a 19% pela Electricidade de Portugal (EDP) [EDP], para aferir se estas empresas adoptaram práticas monopolistas.

Na base das suspeitas que levaram à abertura desta investigação estiveram os recentes aumentos dos preços da electricidade no mercado espanhol de geração eléctrica, tendo os preços chegado a registar incrementos na ordem dos 60% entre os dias 19 e 21 de Novembro.

Segundo a referida publicação, a Comissión Nacional de Energia (CNE), o órgão regulador do sector em Espanha, acredita que estas subidas dos preços poderão estar relacionadas com «comportamentos não concorrenciais de alguns agentes do mercado».

As empresas que estão sob investigação já refutaram as acusações, alegando a procura de electricidade disparou naqueles dias, devido à descida das temperaturas, pelo que foi necessário pôr em funcionamento centrais geradoras que funcionam à base de combustíveis e gás natural, o que levou à subida dos preços.

O Governo espanhol já assumiu o compromisso de baixar as tarifas de electricidade em cerca de 9% até 2003, a data prevista para a liberalização do sector ibérico, contrariando as reivindicações de tarifas mais elevadas por parte das eléctricas do país vizinho.

As acções da Hidrocantábrico seguiam a ganhar 0,42% para os 26,50 euros (5.313 escudos), em Madrid.