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Governo aprova actualização de pensões com custo de 80 milhões (act)

A actualização de pensões e apoios sociais vai custar, globalmente, 173 milhões de euros. Cerca de 80 milhões são para as pensões de até 628,8 euros. Governo indica que a actualização deverá rondar os 0,3%

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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a actualização de pensões, o aumento dos três primeiros escalões do abono de família e a reposição dos valores do RSI, tal como tinha anunciado António Costa.

 

De acordo com o ministro Vieira da Silva as medidas, que entrarão em vigor em Janeiro, deverão custar 173 milhões de euros, 80 milhões dos quais em pensões. A actualização das pensões abrange 2 milhões de pensões da Segurança Social e mais 120 mil pensões da CGA.

O aumento nos três primeiros escalões do abono de família será de 3,5%, 2,5% e 2%, respectivamente. O complemento solidário para idosos vai recuperar o valor de referência que tinha em 2012 (aumentando 2,3% e passando a abranger rendimentos de até 5.022 euros anuais) enquanto o rendimento social de inserção (RSI) será alterado em duas vertentes: por um lado, através da actualização do valor; por outro, através da alteração da escala de equivalências, ou seja, da forma como são contabilizados os membros da família, incluindo as crianças. Esta fórmula foi alterada pelo anterior governo e, na altura, muito criticada pelo PS.

Aumento exacto das pensões ainda por esclarecer

O Governo confirmou esta quinta-feira que no caso das pensões o objectivo é recuperar as regras de 2006, que estabelecem que, num cenário de crescimento real inferior a 2% (medido nos últimos dois anos) apenas as pensões de até 628,8 euros são actualizadas.

"A actualização das pensões será marcada pelo indicador do crescimento económico e com o indicador da inflação", disse Vieira da Silva.
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Explica o mesmo diploma que, neste cenário, a actualização deve ser igual à do índice de preços do consumidor. O diploma tem como referência a variação média dos últimos 12 meses, sem habitação, disponível a 30 de Novembro, que por regra é a de Outubro.

Os dados já publicados pelo INE revelam que a inflação média dos últimos doze meses relativa a Outubro (a que estava disponível a 30 de Novembro) foi de 0,33%. Como o diploma prevê um arredondamento à décima, as pensões subiriam 0,3%.

Esta quinta-feira, na conferência de imprensa posterior ao Conselho de Ministros onde a actualização foi aprovada, Vieira da Silva não esclareceu de forma exacta qual o aumento previsto.

 

Mais tarde, questionado de novo sobre a razão de não ter esclarecido em rigor qual a percentagem de aumento, tendo em conta que os indicadores já foram publicados pelo INE, Vieira da Silva respondeu que o Governo ainda está a fazer os últimos cálculos. E questionado sobre o valor se aproximará dos 0,3% (inflação sem habitação de Outubro) ou, numa outra interpretação possível, dos 0,4% (inflação sem habitação de Novembro), o ministro admitiu que sim.

"O Governo está ainda a fazer os últimos cálculos e a verificar se a interpretação que temos aponta para esses valores. Não serão muito diferentes desse", afirmou o ministro Vieira da Silva.

O ministro confirmou que o objectivo é que a actualização produza efeitos já em Janeiro, tanto no caso das pensões como do abono de família, em linha com o que foi comunicado aos parceiros sociais, tal como o Negócios explicava hoje. O Governo considera que esta actualização é compatível com o facto de o Orçamento de Estado não entrar em vigor em Janeiro e que não serão criadas situações de pagamento de retroactivos.

As pensões acima dos 628,8 euros ficarão congeladas, esclareceu o ministro.

 

Notícia actualizada às 15:14 com mais informação.

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