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Governo alemão defende que Hypo Real Estate é grande demais para falir

O governo alemão avançou hoje que a entidade de concessão de crédito hipotecário comercial, Hypo Real Estate, é grande demais para ser permitida a sua falência, numa altura em que os responsáveis mantêm negociações "intensivas" para delinear uma lei que possa possibilitar ao Estado assumir o controlo dos bancos.

02 de Fevereiro de 2009 às 17:23
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O governo alemão avançou hoje que a entidade de concessão de crédito hipotecário comercial, Hypo Real Estate, é grande demais para ser permitida a sua falência, numa altura em que os responsáveis mantêm negociações “intensivas” para delinear uma lei que possa possibilitar ao Estado assumir o controlo dos bancos.

O Hypo Real Estate é uma empresa “sistemicamente relevante” e o governo deve evitar os riscos para o sistema financeiro, afirmou hoje o porta-voz Thomas Steg em Berlim, citado pela agência Bloomberg. O mesmo responsável acrescentou que o governo de Angela Merkel deverá apresentar a solução “mais favorável” para os contribuintes.

Recorde-se que o Hypo Real Estate já tinha recebido fundos públicos no ano passado. O executivo de Merkel já injectou 92 mil milhões de euros na instituição.

A chanceller alemã afirmou ao jornal “Bild” que “adquirir posições pode fazer sentido em casos específicos se isso baixar o custo para os contribuintes”. O porta-voz Steg avançou que Merkel tornou “claro” que o governo pode precisar de intervir em instituições que estão com problemas.

Nos últimos dias têm-se intensificado os rumores de que o Hypo Real Estate acabará por ser nacionalizado pelo governo germânico. O governo está a considerar assumir o controlo de uma posição de entre 90% e 95% na instituição, avançou o jornal “Handelsblatt”, citando fontes governamentais não identificadas.

O mesmo jornal acrescenta que o ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrueck, está a elaborar um projecto de lei para permitir o governo de assumir o controlo dos bancos, se estes ameaçarem a estabilidade dos mercados financeiros.

As acções da instituição seguiam a valorizar 0,76% para os 1,33 euros, depois de terem chegado a recuar 12,88% para os 1,15 euros.

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