Os ministros ainda têm 95 cargos de direcção de topo para escolher, mesmo apesar do apelo do primeiro-ministro para que as decisões fossem aceleradas. Os dados foram divulgados por João Bilhim, presidente da Cresap, a comissão que faz os concursos, que defende que a lei deve ser alterada de forma a garantir que a escolha é feita num prazo máximo de 45 dias.

O presidente da Cresap respondia, esta sexta-feira, 6 de Fevereiro, à deputada Isabel Santos, do PS, que na Comissão de Orçamento e Finanças confrontou João Bilhim com casos de decisões que demoram meses.

Cabe à Cresap fazer os concursos e apresentar ao Governo uma lista de três finalistas. Depois, o ministro da tutela tem a última palavra.

O problema, explicou João Bilhim, é que a lei não define um prazo.

"São 95 processos [por decidir], mas alguns foram enviados há um mês", disse.

Em causa estão 95 processos em cerca de 400 concursos já concluídos.

"Isto revela a necessidade de limitarmos o prazo para o membro do Governo tomar uma decisão sobre esta matéria", acrescentou, propondo um prazo de 45 dias.

Nesta audição com os deputados estão a ser decididas várias alterações à lei.