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Governo manda instalar botões de pânico no SEF do aeroporto de Lisboa

Depois da morte de um imigrante ucraniano, os 18 quartos do centro de instalação temporária do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras vão passar a ter aparelhos semelhantes aos usados pelas vítimas de violência doméstica.

CM
07 de Dezembro de 2020 às 10:16
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Os 18 novos quartos das instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa vão ter botões de pânico para evitar situações de abuso, como a do homicídio do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, a 12 de março deste ano.

 

Escreve o DN esta segunda-feira, 7 de dezembro, que a medida é inédita e está prevista no novo regulamento do Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária (EECIT), assinado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, distribuído no final de novembro a todas as unidades orgânicas do SEF. 

 

"Por forma à salvaguarda do cidadão instalado, os quartos individuais encontram-se apetrechados com botão de pânico que sempre que ativado, obriga ao seu registo em relatório, com indicação de hora e motivo que determinou a sua ativação e comunicação da mesma ao responsável pelo EECIT", lê-se neste documento.

 

No entanto, uma fonte citada pelo mesmo jornal admite que este novo equipamento não teria evitado a morte do imigrante proveniente da Ucrânia, que foi levado para uma sala de isolamento, podendo apenas vir a ser útil para casos de "alguma indisposição ou necessidade urgente do cidadão que ali estiver alojado".

 

O Ministério Público acusou três inspetores do SEF pela morte de Ihor Homeniuk, que foi manietado, agredido e deixado asfixiar até à morte – a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) fala na "ação e omissão" de outros nove inspetores. O início do julgamento está marcado para 20 de janeiro de 2021, em que vão responder pelos crimes de homicídio qualificado em coautoria e  posse de arma proibida.

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