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Governo estuda alargar acelerador de progressões a mais trabalhadores

Secretária de Estado da Administração Pública apresentou também aos sindicatos uma proposta para revisão das carreiras de informática.

Duarte Roriz / Jornal de Negócios
31 de Maio de 2023 às 21:46
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A secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, admite estudar a possibilidade de alargar o acelerador de progressões a alguns trabalhadores com contrato individual e também a funcionários que tenham mudado de carreira.

A governante falava aos jornalistas no final das rondas negociais com os sindicatos, esta quarta-feira, no Ministério da Presidência, em Lisboa, para discussão da medida que prevê acelerar as progressões na carreira, a partir de 2024, a trabalhadores com 18 anos de antiguidade e que foram abrangidos pelos dois congelamentos que ocorreram entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017.

Os sindicatos defenderam que a medida devia ser alargada aos contratos individuais de trabalho da administração pública, tendo Inês Ramires indicado que o Governo vai avaliar as propostas sindicais, nomeadamente quanto aos trabalhadores dos hospitais EPE "onde pode haver um paralelo" com os regimes da função pública.

"O que nos comprometemos é: se os trabalhadores com contrato individual de trabalho preencherem os dois requisitos, que é estarem nos dois períodos de congelamento, terem pelo menos os 18 anos de antiguidade e avaliação de desempenho à imagem do SIADAP [sistema de avaliação de desempenho da administração pública] ou sistemas adaptados, estudaremos o assunto", afirmou.

Inês Ramires admitiu ainda ponderar sobre o alargamento do acelerador aos trabalhadores que tenham mudado de carreira e que não estão contemplados na proposta inicial do Governo.

Segundo exemplificou, em causa poderão estar situações como a de um técnico superior que passou a inspetor, ou de um assistente técnico que passou a técnico superior, cujo desenvolvimento da carreira possa ter sido afetado pelos congelamentos.

A secretária de Estado referiu ainda que apresentou aos sindicatos a proposta do Governo sobre a revisão das carreiras de informática, propondo a criação de duas carreiras especiais - especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação.

A secretária de Estado esteve reunida com Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), a Frente Comum e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
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