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Governo e geringonça perguntam: Afinal, onde é que pára o diabo?

O crescimento de 1,6% no terceiro trimestre foi o grande tema na audição do ministro da Economia. O Governo, PS, PCP e Bloco de Esquerda recordaram as palavras de Passos Coelho que avisava que a economia portuguesa ia continuar a degradar-se.

Ministro da Economia - Manuel Caldeira Cabral
Miguel Baltazar
15 de Novembro de 2016 às 20:15
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Afinal, onde é que pára o diabo? Esta foi a pergunta mais ouvida no Parlamento durante a audição do ministro da Economia no Parlamento. Manuel Caldeira Cabral ia ao Parlamento falar sobre o Orçamento do Estado para ao próximo ano. Mas na sua pasta levava um crescimento da economia em 1,6% no terceiro trimestre.

 

Se a oposição criticou a falta de investimento e as políticas que o Governo está a colocar em prática leva, os partidos da geringonça preferiram relembrar-se das palavras do líder da oposição no final de Julho. "Gozem bem as férias que em Setembro vem aí o diabo", disse Passos Coelho na altura.

 

Passado Setembro, e com os dados do terceiro trimestre já na mão, o ministro da Economia deu o tiro de partida. "Eu convido o grupo parlamentar do PSD a reconhecer este crescimento e a reconhecer os factos positivos. Convido-o a mudar o discurso meramente negativo, do tal diabo que não chega", afirmou Manuel Caldeira Cabral esta terça-feira, 15 de Novembro.

 

Os dois partidos que apoiam o Governo PS no Parlamento também relembraram as palavras do líder da oposição. Pelo Bloco de Esquerda, Heitor Sousa frisou que o "diabo não vai mesmo aparecer". Pelo PCP, Bruno Dias apontou que "não há meio do diabo aparecer". O deputado comunista destacou que os dados do crescimento "dão conta de mais criação de riqueza e mais criação de emprego, num quadro de devolução de rendimentos". 

 

Já a bancada parlamentar do PS, lançou críticas à oposição. "Passado um ano, o diabo não chegou a Portugal, nem a economia foi afectada. Em seu lugar surgiu um super crescimento económico", apontou o deputado Carlos Pereira.

 

"Ficou claro que a vossa estratégia está morta, era bom que reconhecessem o falhanço", acrescentou o socialista.

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