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Governo aprovou medidas excepcionais para concelhos atingidos pelos incêndios
Casas de habitação serão a prioridade e o fundo de emergência municipal vai ser usado onde os fundos europeus não chegarem. Para as empresas haverá descontos na Taxa Social Única e os trabalhadores que ficam parados terão acesso um programa de qualificação. Medidas aprovadas hoje em Conselho de Ministros.
Trata-se de medidas de apoio imediato e de acção concretas a levar a cabo pelo Governo em conjunto com as câmaras municipais e em que serão também tidas em conta as participações dos seguros, nos casos em que existam, explicou o ministro do Planeamento, Pedro Marques, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros.
No que respeita à floresta, "no prazo de 30 dias serão publicados avisos de candidatura" para os fundos públicos que serão disponibilizados a titulo de apoio aos produtores, garantiu o ministro. Destinam-se, entre outras coisas, a apoiar a reconstrução e reparação de infra-estruturas florestais danificadas, caminhos, etc., bem como a recuperação de condições, maquinaria e equipamento.
Quanto às empresas, o ministro adiantou que já foi iniciada uma "reprogramação do programa operacional Centro 2020" e que, "no máximo 15 dias depois da aprovação dessa reprogramação teremos as candidaturas disponíveis" para avançarem as acções de reposição das condições nas empresas afectadas.
Fundo de Emergência Municipal será accionado
Uma resolução aprovada esta quinta-feira permitirá o recurso ao Fundo de Emergência Municipal para as necessidades de reparação em infraestruturas públicas. Basicamente, trata-se de complementar por essa via as verbas comunitárias provenientes do Programa Operacional entro 2020, "garantindo que equipamentos como caminhos, sinalética, abrigos de transportes públicos, serão inteiramente repostos, ou com fundos europeus ou com o Orçamento do Estado, por via do fundo de emergência municipal", esclareceu Eduardo Cabrita, também presente na conferência de Imprensa do final do Conselho de Ministros.
Para agilizar procedimentos, o governo aprovou também um diploma que permite uma simplificação, nomeadamente o ajuste directo por entidades publicas dos municípios das áreas ardidas.
No que respeita às estradas, Pedro Marques sublinhou que foi definido um prazo "até ao fim deste mês" para que fique concluída a sua recuperação.
Reduções de TSU para as empresas
No domínio da emergência social, há medidas de apoio às famílias que perdurarão e que poderão envolver apoios para pagamento de renda, explicou também o ministro do Planeamento. E uma das medidas passa pelo reforço dos técnicos de acção social no terreno naqueles concelhos, nomeadamente "para apoiar a atribuição de prestações sociais".
Tal como foi divulgado no início da semana, quando foi conhecido o relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, há várias centenas de empresas atingidas e destas cerca de 50 trabalhadores que vão ficar temporariamente sem trabalho. Para estes haverá um programa de qualificações, anunciou Pedro Marques.
As empresas abrangidas poderão contar com um regime excepcional de redução e isenção de contribuições para a Segurança Social, além de um diferimento no pagamento das contribuições
(Notícia actualizada às 15:40 com mais informação)