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FMI aprova ajuda à Grécia

A comissão executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta tarde a disponibilização de um empréstimo a três anos de 30 mil milhões de euros à Grécia. O anúncio acaba de ser feito em Washington e surge dois dias depois de os líderes da Zona Euro terem igualmente aprovado empréstimos bilaterais ao Estado helénico no valor máximo de 80 mil milhões de euros.

09 de Maio de 2010 às 18:41
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A comissão executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta tarde a disponibilização de um empréstimo a três anos de 30 mil milhões de euros à Grécia. O anúncio acaba de ser feito em Washington e surge dois dias depois de os líderes da Zona Euro terem igualmente aprovado empréstimos bilaterais ao Estado helénico no valor máximo de 80 mil milhões de euros. Neste quadro europeu, Portugal disponibilizou-se a emprestar 2.054 milhões de euros.

O empréstimo internacional de emergência à Grécia, num total de 110 mil milhões de euros em três anos, permitirá ao Estado helénico contornar os mercados financeiros e as taxas de juro exponecialmente elevadas que estão a ser reclamadas pelos investidores, evitando que o país entre em situação de incumprimento perante os credores.

A expectativa é que uma primeira tranche, possivelmente da ordem dos 15 mil milhões de euros, seja transferida rapidamente, em todo o caso antes de 19 de Maio, prazo em que vencem 8,5 mil milhões de euros de dívida que Atenas tem de refinanciar.

O anúncio da decisão do FMI surge numa altura em que os ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia se encontram reunidos em Bruxelas, num “contra-relógio” para accionar um plano de protecção da Zona Euro, que querem ter pronto antes da abertura das Bolsas asiáticas.

Entre os expedientes em estudo está a criação de um mecanismo de auxílio mútuo financiado por obrigações europeias. O fundo poderá angariar entre 70 mil milhões e 110 mil milhões de euros, segundo fontes não coincidentes que estão a ser citadas pelas agências internacionais.

A necessidade de montar uma “linha de defesa do euro” surgiu depois de na semana passada se terem adensado os sinais de que o risco de a Grécia resvalar para a “bancarrota”, mostrando-se incapaz de honrar dívidas passadas e captar novos recursos financeiros, não é apenas um problema grego, nem tão pouco dos países periféricos, como Portugal, mas a ponta do iceberg de um ataque especulativo contra a união monetária europeia, que fez com que particularmente Portugal, mas também Espanha e Irlanda, vissem subir enormemente as taxas de juro reclamadas pelos investidores para comprar dívida pública.


“O que estamos a assistir é um ataque global contra o euro, pelo que a Zona Euro tem de reagir como um todo”, afirmou Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo (fórum que reúne apenas os 16 ministros das Finanças do euro), no final da cimeira extraordinária que acabou já na madrugada de sábado.

Na sequência desse encontro, os líderes europeus convocaram para esta tarde em Bruxelas uma reunião de emergência dos ministros das Finanças dos Vinte Sete para estabilizar o plano de resposta europeu. O encontro ainda decorre na capital belga.

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