Notícia
FMI: Preço dos alimentos sobe mais depressa que inflação na África subsaariana
Angola é apontado como exemplo de uma subida expressiva.
06 de Dezembro de 2021 às 20:19
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje que o aumento dos preços da comida na África subsaariana está a acelerar mais depressa que o resto dos outros componentes, nomeadamente em Angola, onde os alimentos subiram 30%.
"A inflação está a subir em todo o mundo; na África subsaariana, um componente está a potenciar a tendência mais do que os outros: os preços dos alimentos", escreve o FMI num blogue assinado pelo economista sénior Seung Mo Choi, do Departamento Africano do Fundo.
Segundo o mesmo responsável, "a inflação dos bens alimentares subiu durante 2019, em média, em 25 países na região, e depois de se ter mantido estável nos 7 a 8% desde o início da pandemia, começou a subir outra vez em abril para chegar a 10% em outubro".
Angola é apontado como exemplo de uma subida expressiva.
"À escala global, o recente aumento na inflação da comida é atribuído ao crescimento dos preços do petróleo, secas e restrições às exportações, para além de armazenamento nalguns países; para além disso, as medidas de confinamento perturbaram a produção e a importação de sementes e fertilizantes", escreveu Seung Mo Choi, apontando: "Há diversidade entre a subida da inflação na região - no Chade a inflação dos alimentos é perto de zero, enquanto em Angola está em cerca de 30%".
Isto sugere, vincou, que "fatores internos como o tempo e as taxas de câmbio contribuem de forma importante para a inflação alimentar nos países da África subsaariana".
Os preços dos alimentos está a crescer mais depressa e a contribuir para a inflação geral na região, "que chegou a cerca de 8% em outubro, face aos cerca de 5% em 2019".
O preço mais alto dos alimentos "pode piorar a situação para os países que já enfrentam insegurança alimentar e escassez de alimentos com um impacto desproporcional nos rendimentos das famílias", escreveu o economista, salientando que "o número de pessoas mal nutridas na região deverá ter aumentado 20% em 2020, abarcando 264 milhões de pessoas".
Combater a insegurança alimentar através de assistência social direcionada e seguros pode ajudar as populações a lidarem" com a subida dos preços, escreveu ainda o economista, concluindo: "Evitar as barreiras alfandegárias e melhorar o acesso a financiamento, sementes, inseticidas, fertilizantes, medidas contra a erosão e irrigação também são importantes".
"A inflação está a subir em todo o mundo; na África subsaariana, um componente está a potenciar a tendência mais do que os outros: os preços dos alimentos", escreve o FMI num blogue assinado pelo economista sénior Seung Mo Choi, do Departamento Africano do Fundo.
Angola é apontado como exemplo de uma subida expressiva.
"À escala global, o recente aumento na inflação da comida é atribuído ao crescimento dos preços do petróleo, secas e restrições às exportações, para além de armazenamento nalguns países; para além disso, as medidas de confinamento perturbaram a produção e a importação de sementes e fertilizantes", escreveu Seung Mo Choi, apontando: "Há diversidade entre a subida da inflação na região - no Chade a inflação dos alimentos é perto de zero, enquanto em Angola está em cerca de 30%".
Isto sugere, vincou, que "fatores internos como o tempo e as taxas de câmbio contribuem de forma importante para a inflação alimentar nos países da África subsaariana".
Os preços dos alimentos está a crescer mais depressa e a contribuir para a inflação geral na região, "que chegou a cerca de 8% em outubro, face aos cerca de 5% em 2019".
O preço mais alto dos alimentos "pode piorar a situação para os países que já enfrentam insegurança alimentar e escassez de alimentos com um impacto desproporcional nos rendimentos das famílias", escreveu o economista, salientando que "o número de pessoas mal nutridas na região deverá ter aumentado 20% em 2020, abarcando 264 milhões de pessoas".
Combater a insegurança alimentar através de assistência social direcionada e seguros pode ajudar as populações a lidarem" com a subida dos preços, escreveu ainda o economista, concluindo: "Evitar as barreiras alfandegárias e melhorar o acesso a financiamento, sementes, inseticidas, fertilizantes, medidas contra a erosão e irrigação também são importantes".