As administrações das empresas públicas que contrataram produtos financeiros derivados especulativos estão em reuniões com o Ministério das Finanças e o IGCP (Instituto de Gestão do Crédito Público). Os encontros fazem parte do trabalho do Governo para apurar “todas as responsabilidades” neste caso que poderá abrir um buraco de 2,8 mil milhões de euros nas contas públicas de Portugal.

As reuniões estão a decorrer para que seja apurado, integralmente, “quais as circunstâncias em que as decisões [de contratar os ‘swaps’] foram tomadas, por que foram tomadas”, disse Maria Luís Albuquerque (na foto) na comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública onde a secretária de Estado está ao lado de Vítor Gaspar.

O Governo quer “tirar as suas ilações”, reiterando a ideia de que “serão apuradas todas as responsabilidades e retiradas as respectivas consequências” no que diz respeito à responsabilidade dos gestores de entidades do sector empresarial do Estado, segundo palavras da secretária de Estado do Orçamento.

As duas empresas em que foram detectados mais contratos problemáticos foram o Metro do Porto e Metro de Lisboa, contando-se ainda empresas como a SCTP ou a Carris.