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Fernando Ulrich acusa bancos espanhóis de praticarem «dumping» em Portugal (act.)
Fernando Ulrich, vice-presidente do BPI, disse hoje que dois bancos espanhóis, o Banco Bilbao Viscaya e Argentária (BBVA) e o Santander Central Hispano praticam «dumping» pelo facto «de oferecerem em Portugal o que não oferecem em Espanha».
Fernando Ulrich, vice-presidente do BPI, disse hoje que dois bancos espanhóis, o Banco Bilbao Viscaya e Argentária (BBVA) e o Santander Central Hispano praticam «dumping» pelo facto «de oferecerem em Portugal o que não oferecem em Espanha».
Na intervenção da conferência anual do «Fórum Para a Competitividade», Ulrich salientou que «os bancos espanhóis fazem ofertas em Portugal que não fazem em Espanha e isso, para mim, é dumping».
«Dumping» existe quando os preços praticados no exterior são inferiores aos praticados no país de origem de uma entidade, sem ter em consideração e o impacto no mercado.
Neste âmbito, Fernando Ulrich referiu que esta prática não pode ser combatida pelos bancos portugueses, por não terem forte presença no país vizinho.
O vice-presidente do BPI defende que «exista uma união ibérica dentro da União Económica e Monetária» para reforçar o peso estratégico de Portugal em Espanha.
Em Portugal, o Santander Central Hispano [BSC] controla o Totta & Açores e Crédito Predial Português, para além da rede de balcões com a marca Santander. O BBVA, embora com uma menor posição, também tem uma rede alargada de balcões em Portugal, depois de ter adquirido a parte comercial do Crédit Lyonnais Portugal.
«O que o BBVA e o Santander oferecem cá no crédito habitação não oferecem em Espanha», referiu Ulrich, adiantando que o Santander «não oferece carros em Espanha como oferece em Portugal».
A instituição financeira liderada por Horta Osório lançou uma campanha «Cheque Carro», no qual oferecem um cheque para a compra de um automóvel na contratação de um crédito à habitação.
Fernando Ulrich disse, no entanto, que «se entendesse que afectava (as campanhas dos bancos espanhóis) de uma forma vital os interesses do BPI, o BPI se calhar fazia alguma coisa».
A ANEOP, associação de empreiteiros de obras públicas em Portugal, acusou a Ferrovial, uma construtora espanhola, de praticar «dumping» em Portugal.