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Fed: Abrandamento global deverá adiar subida dos juros nos EUA

A Reserva Federal norte-americana admite que o abrandamento do crescimento global deverá adiar a subida dos juros, que só deverá acontecer quando a expansão da economia dos Estados Unidos chegar longe “o suficiente”.

Bloomberg
13 de Outubro de 2014 às 11:26
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Os responsáveis da Reserva Federal norte-americana admitem que um abrandamento da economia global poderá comprometer a expansão dos Estados Unidos e obrigar a autoridade monetária a adiar a subida da taxa de juro de referência.

 

"Se o crescimento externo for mais fraco do que era antecipado, as consequências para a economia dos Estados Unidos poderão levar a Fed a remover a política acomodatícia de forma mais lenta", reconheceu o vice-presidente da Reserva Federal, Stanley Fischer, num discurso proferido este fim-de-semana no encontro anual do Fundo Monetário Internacional, em Washington.

 

As observações, que ecoaram entre vários outros responsáveis da instituição liderada por Janet Yellen (na foto), destacam a crescente preocupação das autoridades sobre a capacidade da economia norte-americana contrariar os sinais de abrandamento a nível global.

 

"Estou preocupado com o crescimento em todo o mundo, neste momento", admitiu igualmente o governador da Fed, Daniel Tarullo. "Obviamente, há um conjunto de coisas em que temos de pensar para formular as nossas próprias políticas daqui para a frente".

 

Os comentários surgem depois de as minutas da reunião de política monetária da Fed, de Setembro, terem dado conta das crescentes preocupações com os riscos que representam, para a economia norte-americana, a deterioração do crescimento externo e o fortalecimento do dólar, que poderá prejudicar as exportações e a inflação.

 

Na semana passada, o FMI reduziu suas previsões para o crescimento global em 2015, antecipando que será de 3,8%, o que compara com os 4% estimados em Julho, após uma expansão de 3,3% este ano.

 

A maioria dos responsáveis da Fed espera subir a taxa de juro de referência algures no próximo ano, de acordo com as projecções divulgadas no passado dia 17 de Setembro. Fischer garante que isso não acontecerá até que a expansão dos Estados Unidos chegue longe "o suficiente".

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