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Famílias portuguesas voltam a aumentar depósitos em Outubro

Os portugueses aumentaram o investimento em depósitos no mês de Outubro, de acordo com os dados hoje revelados pelo Banco de Portugal.

23 de Dezembro de 2010 às 11:19
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Em Outubro, e depois de dois meses de quedas acentuadas nos valores aplicados neste produto de poupança por parte dos particulares, o montante depositado subiu mais de 4%, fruto da maior remuneração oferecida pelo sector.


A taxa de juro média praticada pelos bancos nos depósitos a prazo subiu em Outubro pelo quinto mês consecutivo, de acordo com os dados revelados hoje pelo Banco de Portugal no Boletim Estatístico e que tinham já sido noticiados pelo Negócios.


Superou a barreira dos 2%, atingindo assim o nível mais elevado desde Março de 2009, com as instituições a precisarem de captar recursos.

O juro médio oferecido nas novas aplicações, até um ano, fixou-se nos 2,29%, depois de ter avançado para 1,91% em Setembro. Esta foi a maior subida mensal desde que existem dados (2003), e ajuda a explicar o porquê do valor dos novos depósitos ter aumentado em Outubro.

Depois de dois meses de redução nos montantes aplicados, em Outubro foram investidos 7.637 milhões de euros neste "tradicional" produto de poupança dos portugueses. Assistiu-se, assim, a um aumento de 4,37% face ao mês anterior, embora em termos homólogos a comparação continue a ser negativa (-2,18%).

No acumulado do ano, e em média, os depósitos têm atraído 6.914 milhões de euros por mês das poupanças dos portugueses. Valor que fica, contudo, substancialmente abaixo dos 9.210 milhões de euros conquistados pelos bancos durante o ano passado. Há uma quebra de praticamente 25%.


Perante a subida dos montantes aplicados em Outubro, o saldo total do investimento em depósitos a prazo por parte dos particulares subiu para 116.902 milhões de euros. É, actualmente, quase três vezes superior do que o valor total aplicado pelas empresas neste tipo de produtos de investimento sem risco.


As empresas terminaram Outubro com 34.738 milhões de euros investidos em depósitos a prazo, menos do que no mês anterior. Isto porque segundo os dados preliminares do Banco de Portugal assistiu-se a uma forte quebra nos novos depósitos no mês em questão. Houve uma quebra de 38% no montante aplicado, face ao mês anterior, para 7.861 milhões.


Esta forte redução, que contrasta com o aumento das aplicações dos particulares, seguiu-se a um aumento de mais de 40% registado em Setembro, mês em que foi depositado pela Portugal Telecom o "cheque" de 4,5 mil milhões de euros referente à venda da posição na brasileira Vivo.

Nesse mês, a taxa de juro oferecida pelos bancos para aplicações por parte das empresas atingiu os 2,23%, o nível mais elevado desde Janeiro de 2009, para voltar a descer em Outubro. A taxa média praticada pelos bancos a operar em Portugal, para aplicações até um ano, foi de 2,14% no mês em análise.


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