O índice que mede a confiança dos empresários italianos caiu, em Janeiro, para o valor mais baixo em dez anos, uma vez que a falência da Parmalat suscita preocupações com a segurança de empregos e poupanças das famílias.

O índice, baseado no inquérito a duas mil famílias, feito pelo Isae, baixou para um valor ajustado sazonalmente, de 99 pontos, em Janeiro, contra os 105 registados no mês anterior.

Este valor ficou abaixo das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que previam 105 pontos.

"O caso Parmalat chocou-me verdadeiramente", disse Rina Pancaldi, pensionista italiana."Coloquei algum do meu dinheiro em acções da Parmalat a pensar que era seguro, mas agora já não sei mais", explicou a pensionista, citada pela Bloomberg.

A falência da maior empresa de comida italiana, devido à revelação de uma fraude contabilística, afectou mais de 30 mil obrigacionistas e mais mil accionistas.

A Parmalat foi a terceira falência de uma empresa italiana num ano a "apagar" as poupanças dos investidores italianos. Desde que a falência da empresa italiana, o mês passado, que os italianos estão mais relutantes em investir no mercado accionista, e os investimentos seguros têm sido a sua prioridade, mostrou o jornal "Corriere della Será", esta semana.

"A incerteza da crise financeira da Parmalat poderá ter tido um efeito negativo no consumidor", disse o jornal. A possibilidade dos novos gestores da Parmalat terem que cortar alguns dos sete mil trabalhadores em Itália está a preocupar ao nível de segurança de emprego, num país com uma taxa de desemprego de 8,7%.

O optimismo acerca de perspectivas para a economia, desceu para o valor mais baixo desde Junho de 1997, uma vez que o emprego vai aumentar.