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Exportações prestes a atingir 50% do PIB, diz o ministro da Economia

Costa e Silva fala num desempenho "notável" da economia no ano passado, com um crescimento de 6,8%.

17 de Janeiro de 2023 às 15:00
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António Costa Silva avança que as exportações estão "à beira" de atingir 50% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, o ministro da Economia descreveu um "desempenho notável" da economia em 2022, que terá crescido 6,8%, "o segundo crescimento da União Europeia atrás da Irlanda"

"A economia resistiu a algumas das situações mais difíceis, sobretudo nos mercados da energia e nas matérias-primas na sequência da guerra e apesar disso o comportamento foi positivo", disse aos deputados.

Costa Silva destacou também o turismo: "o recorde de 2019 era de 27 milhões de hóspedes e 18,4 mil milhões de euros de receitas. Em novembro já tínhamos superado esse recorde, estávamos em cerca de 18,6 mil milhões de euros de receitas, e acredito que os números finais de 2022 devem indicar receitas na ordem dos 20 mil milhões de euros", avançou, "num desenvolvimento que está a fazer-se em todas as regiões".

O governante destacou também o setor da medalomecânica "que é extremamente importante para o desenvolvimento industrial do país", e cujas exportações "também estão na casa 20 mil milhões de euros". "Vimos durante o ano, mês atrás de mês, que  as exportações deste setor bateram o seu recorde".

Também o setor do têxtil e do vestuário teve um "comportamento muito resiliente", afirmou o governante: "O máximo das exportações era 5.400 milhões de euros em 2021 e vamos chegar ao final do ano [de 2022] com 6 mil milhões de euros". 

A atração de investimento, explicou, também terá crescido: "No primeiro semestre foram atraídos 47 novos investimentos internacionais, e esperamos contratualizar outros em breve", disse. Esse investimento, garante Costa Silva, está não só a crescer mas a mudar de perfil: "antes era sobretudo para 'call centers', agora é para centros de inovação e desenvolvimento tecnológico. Exemplo é a Nokia, que abriu um centro na Amadora para desenvolver software de telecomunicações", afirmou.
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