Notícia
Europa avança com negociações comerciais com EUA
A Comissão Europeia quer eliminar as tarifas sobre bens industriais e procurar uma adaptação mais fácil dos produtos aos padrões de ambos os mercados.
15 de Abril de 2019 às 11:06
Os Estados-membros da União Europeia (UE) deram o aval final para que se iniciem as negociações comerciais do Bloco com os Estados Unidos, numa altura em que as tensões entre as duas partes têm vindo a aumentar.
A autorização para se avançar com as negociações, proposta pela Comissão Europeia, foi conseguida esta segunda-feira, 15 de abril, com a aprovação de uma larga maioria - só França votou contra e a Bélgica absteve-se. O objetivo é eliminar as tarifas sobre bens industriais e procurar uma adaptação mais fácil de produtos aos padrões de ambos os mercados.
É o culminar de um acordo político conseguido em julho do ano passado, entre o presidente dos Estados Unidos e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia. Nessa altura, Donald Trump concordou em suspender a imposição de tarifas sobre carros importados da União Europeia enquanto as duas partes negociavam novas relações económicas.
As conversações têm sido, contudo, adiadas ao longo destes meses, sobretudo devido à resistência por parte dos franceses, que procuraram adiar este assunto para lá das eleições europeias, que decorrem a 26 de maio.
Do outro lado, a Alemanha, cujas exportações de carros para os EUA representam mais de metade do total de vendas automóveis da UE para os EUA, tem pressionado os restantes Estados-membros para que as negociações se iniciem o mais rapidamente possível.
Entretanto, na semana passada, as tensões escalaram, depois de Donald Trump ter ameaçado impor tarifas sobre 11 mil milhões de dólares de bens importados da Europa, como forma de retaliação contra os subsídios atribuídos pela UE à francesa Airbus, maior rival da norte-americana Boeing. Na respostas, a UE já admitiu que poderá impor tarifas sobre 11,5 mil milhões de produtos importados dos EUA, desde malas de mão até helicópteros.
A eliminação de quaisquer tarifas, estimou a Comissão Europeia em janeiro, poderá aumentar em 10% as exportações do bloco europeu para os Estados Unidos.
A autorização para se avançar com as negociações, proposta pela Comissão Europeia, foi conseguida esta segunda-feira, 15 de abril, com a aprovação de uma larga maioria - só França votou contra e a Bélgica absteve-se. O objetivo é eliminar as tarifas sobre bens industriais e procurar uma adaptação mais fácil de produtos aos padrões de ambos os mercados.
As conversações têm sido, contudo, adiadas ao longo destes meses, sobretudo devido à resistência por parte dos franceses, que procuraram adiar este assunto para lá das eleições europeias, que decorrem a 26 de maio.
Do outro lado, a Alemanha, cujas exportações de carros para os EUA representam mais de metade do total de vendas automóveis da UE para os EUA, tem pressionado os restantes Estados-membros para que as negociações se iniciem o mais rapidamente possível.
Entretanto, na semana passada, as tensões escalaram, depois de Donald Trump ter ameaçado impor tarifas sobre 11 mil milhões de dólares de bens importados da Europa, como forma de retaliação contra os subsídios atribuídos pela UE à francesa Airbus, maior rival da norte-americana Boeing. Na respostas, a UE já admitiu que poderá impor tarifas sobre 11,5 mil milhões de produtos importados dos EUA, desde malas de mão até helicópteros.
A eliminação de quaisquer tarifas, estimou a Comissão Europeia em janeiro, poderá aumentar em 10% as exportações do bloco europeu para os Estados Unidos.