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Estimativa: Inflação em Novembro abranda para 0,6% e coloca homóloga em 3,9%

O aumento dos combustíveis, dos vestuários e do calçado terá levado a um incremento do IPC em Novembro de 0,6%, abaixo dos 0,7% de Outubro. Estes valores colocam a homóloga nos 3,9%, segundo as estimativas dos analistas contactados pelo Negocios.pt.

11 de Dezembro de 2002 às 12:22
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O aumento dos combustíveis, dos vestuários e do calçado terá levado a um incremento do índice de preços no consumidor (IPC) em Novembro de 0,6%, abaixo dos 0,7% de Outubro. Estes valores colocam a homóloga nos 3,9%, segundo as estimativas dos analistas contactados pelo Negocios.pt.

O aumento dos preços em Novembro, segundo o consenso dos analistas, aponta para uma média de crescimento de 0,6% face ao mês anterior, o que representaria uma descida de 0,1 pontos percentuais face aos dados de Outubro.

A Direcção Geral do Comércio e da Concorrência (DGCC) que estima uma subida de preços mensal de 0,7%, prevê que as principais contribuições se concentrem fundamentalmente em artigos de vestuário e calçado, «motivadas pelo lançamento das novas colecções de Inverno», alertado também para o contributo dos combustíveis e lubrificantes provocado pelo aumento, de dois cêntimos, no preço dos combustíveis.

A mesma fonte acrescenta que os preços dos artigos de vestuário terão crescido 7,5% e o calçado terá aumentado 7%. Em Novembro, os preços dos combustíveis subiram 1,9%.

Segundo os dados do Santander, só o efeito do aumento dos combustíveis terá sido responsável por um contributo de cerca de 0,1 pontos percentuais para a inflação mensal.

Em Dezembro, os preços dos combustíveis, segundo o Governo, manter-se-ão inalterados, «devido à decisão de aumentar o imposto sobre produtos petrolíferos e desta forma anular o impacto da queda do preço do petróleo». Em Outubro, o preço do barril de Brent caiu 10,68%, e em Novembro a queda foi de 2,02%.

Inflação homóloga abranda para 3,9% e média anual para 3,6%

Os analistas prevêem que a inflação homóloga tenha sido de 3,9%, 0,1 ponto percentual abaixo do registo em Outubro. O IPC homólogo reflecte a taxa de subida dos preços face ao mês de Novembro de 2001.

Segundo o Santander, a redução na inflação «é um dado positivo, quando ainda não foram acordados os aumentos salariais da função pública, e o Governo apresentou uma proposta de aumento do salário mínimo de 2,4%, de qualquer modo, abaixo da inflação esperada para o próximo ano». As projecções do Governo apontam para uma inflação em 2002 de 2,5%.

A média anual deverá ser de 3,6%, valor idêntico ao de Outubro. Segundo Jorge Ferraz, analista do Informação de Mercados Financeiros (IMF), os dados disponíveis e as previsões para Novembro, sugerem que a inflação média anual fique nos 3,5% a 3,6% no final do ano.

De acordo com o Santander, os dados de confiança dos consumidores e a actividade de retalho, revelavam que o consumo privado continua deprimido, alertando entretanto para a descida da taxa de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) e o impacto a nível de uma maior facilidade na obtenção do crédito, cujas taxas normalmente não estão directamente indexadas ao mercado.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados da inflação na sexta-feira.

Inflação Novembro
Inflação Novembro Mensal Homóloga Média Mensal
DGCC 0,7 4,1 3,6
Santander 0,4 3,7 3,5
BCP Investimento 0,9 4,2 3,6
BPI 0,7 4,0 3,6
IMF 0,3 3,6 3,5
Máximo 0,9 4,2 3,6
Média 0,6 3,9 3,6
Mínimo 0,3 3,6 3,5

Por Pedro Carvalho

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