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Estados Unidos endurecem sanções. "Vamos espremer a Rússia em setores estratégicos da economia"

Num discurso proferido esta tarde na Casa Branca, Joe Biden recordou que metade do globo está unido contra Putin.

24 de Fevereiro de 2022 às 19:15
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Os Estados Unidos vão endurecer, "com efeito imediato", as sanções à Rússia. Para além das restrições que já foram apresentadas, o presidente norte-americano anunciou que vai limitar a atuação nos Estados Unidos de todas as empresas, bancos e elites russas, "bem como das suas famílias". Aos países que se colocarem do lado da Rússia, alertou, "vão sofrer por associação".

"Vamos espremer a Rússia no acesso às finanças e à tecnologia e em setores estratégicos da economia", sublinhou Joe Biden num discurso proferido esta tarde da Casa Branca, destacando que o país não está sozinho. "Temos metade do globo connosco, o que ainda vai amplificar o efeito na economia russa", que, indica, "já está hoje a atingir o seu nível mais baixo de sempre".

Biden reforçou que o exército norte-americano não iria avançar para nenhum ataque, contudo, estaria pronto para defender "cada polegada de território da NATO" e dos seus aliados. Biden terá já falado com os líderes do G7 e adiantou que todos estão alinhados e que cada país terá o seu exército disponível para ajudar. "A NATO já ativou um plano de resposta e as forças militares serão colocadas onde forem necessárias."

O líder dos Estados Unidos contou também que falou com o homólogo ucraniano, a quem prometeu "ajudar o povo da Ucrânia a defender o seu país". Já na fase das perguntas dos jornalistas, quando questionado se tentou comunicar com Moscovo ao longo do dia, Biden foi perentório. "Eu não tenho intenções de falar com Putin".

Em relação ao líder russo, o presidente norte-americano avançou que este "tem ambições maiores que a Ucrânia"."Putin quer um império a todo o custo e escolheu uma guerra sem causa".

Joe Biden admitiu que nunca comprou o "teatro encenado por Moscovo". "Sempre soubémos das suas intenções", frisou, sublinhando que o ataque desta quinta-feira foi uma "violação flagrante da lei internacional". E deixou um aviso a Vladimir Putin: "se a Rússia nos dirigir qualquer ataque informático, estamos prontos para reagir".

Tentou ainda descansar o povo dos Estados Unidos em relação às consequências da guerra na economia, nomeadamente no acentuar da crise energética em vigor. "Estamos a acompanhar de perto os preços da energia. Vamos disponibilizar mais petróleo e fornecer os nossos aliados".

Depois de várias semanas de escalada de tensões, a Rússia atacou a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, com várias cidades a serem severamente bombardeadas, numa operação que os militares russos classificam como "um sucesso".


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