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Espiões também foram aumentados e tiveram revisão da carreira no final de 2023

Um mês antes de ter sido atribuído o suplemento remuneratório à Polícia Judiciária, também os agentes secretos foram aumentados e tiveram as carreiras revistas. Além disso, foi-lhes aumentado o "ónus específico", um suplemento semelhante ao da PJ, em mais 400 euros.

José Sena Goulão/Lusa
Negócios jng@negocios.pt 07 de Fevereiro de 2024 às 09:31
Os trabalhadores do Sistema de Informações da República Portuguesa receberam um aumento salarial e tiveram as carreiras revistas no final de 2023, avança o Público esta quarta-feira. O diploma foi promulgado um mês antes de ter sido atribuído o suplemento remuneratório à Polícia Judiciária (PJ), que tem estado na origem de protestos das forças de segurança.

O diploma foi publicado em Diário da República no final de dezembro e veio permitir aos espiões subir uma posição, o que fez com os ordenados fossem aumentados em mais de 15% nos cargos inferiores. Nos cargos mais elevados (nomeadamente diretores), o aumento terá sido ainda maior. Além disso, foi-lhes aumentado o "ónus específico", um suplemento semelhante ao da PJ.

Esse suplemento pode variar mas, segundo apurou o Público, cada agente terá passado a receber, em média, mais 400 euros, perfazendo assim cerca de 700 euros. O valor contemplava ainda retroativos a janeiro de 2023, tal como o aumento dado à PJ. Contactado, o Governo confirma a informação e diz que esse complemento deve-se ao facto de esta ser uma profissão com "maior desgaste físico" e "de risco".

Os elementos da PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à PJ e ameaçam boicotar as eleições de 10 de março. Em resposta, o primeiro-ministro, António Costa, disse acreditar que as forças de segurança não farão esse "ato de traição à democracia". O Ministério da Administração Interna disse ainda que o orçamento das remunerações nas forças de segurança aumentou 32,6% desde 2015, ano em que o PS chegou ao Governo.

De acordo com o Expresso, o Governo que sair das eleições de março terá nas mãos um estudo sobre a forma como devem ser aumentados os suplementos da GNR e da PSP.
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