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Espanha absorve um quarto das exportações de Portugal
O país vizinho, França e Alemanha consolidaram no ano passado posições como principais parceiros de Portugal. Os Estados Unidos recuperaram terreno nas relações com a Europa e a Rússia afundou para mínimos de mais de uma década.
O mercado espanhol reforçou-se em 2015 como principal destino das exportações portuguesas, num ano marcado pela consolidação dos Estados Unidos como parceiro comercial europeu de referência e as sanções à Rússia a levarem as trocas comerciais com o velho continente a mínimos de mais de uma década.
De acordo com os números do Eurostat conhecidos esta quinta-feira, 31 de Março, Portugal exportou para o país vizinho 25% do total das vendas ao exterior (dentro e fora da UE), tendo também aquele mercado reforçado a sua posição como principal país de compra de bens: 33% das importações portuguesas foram feitas em Espanha.
França e Alemanha foram os segundos e terceiros principais destinos de exportações (ambos com uma quota de 12%), invertendo a posição no caso das importações – a Alemanha é o segundo mercado onde as empresas portuguesas mais compram e a França o terceiro.
No que diz respeito à relação do bloco europeu com os parceiros extracomunitários, os Estados Unidos afirmaram-se como principal destino das exportações europeias com 21% do total, ao passo que a China forneceu aos Estados-membros um quinto das compras feitas no exterior.
O mercado norte-americano consolidou-se no ano passado como principal parceiro comercial do velho continente, com 619 mil milhões de euros de trocas e uma quota de 18%, posição que atingiu máximos de 2006. Já com a China as trocas ascenderam a 521 mil milhões de euros, uma quota de 15% e em máximos históricos.
Em sentido inverso tem evoluído a relação comercial com a Rússia, desde 2014 afectada pelas sanções económicas aplicadas pela União na sequência do apoio de Moscovo aos partidários pró-russos no conflito ucraniano, que resultou na anexação da Crimeia pela Federação Russa.
As trocas com Moscovo recuaram para mínimos de mais de uma década (2003) para 210 mil milhões de euros e uma quota de 6%, depois de em 2012 ter atingido o valor máximo dos últimos anos, na ordem dos 10%.
(notícia actualizada às 10:50 com mais informação)