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É preciso cortar o défice para evitar FMI

Numa primeira reacção à taxa recorde a que foi colocada a última emissão de dívida pública do ano, o ministro das Finanças reconheceu tratar-se de um valor excessivo que obriga o país a "concentrar-se" na redução do défice. Caso contrário, o recurso a ajuda externa pode ser incontornável.

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"Portugal tem de se concentrar na redução do défice para afastar o cenário [de intervenção do] Fundo Monetário Internacional", disse.

“Foi uma operação que acabou por ter uma taxa elevada que reflecte a situação” que se tem vivido nos mercados internacionais, reconheceu o Teixeira dos Santos, salientando, porém, que a procura que foi duas vezes superior aos montantes colocados, e que a "taxa de juro foi bem abaixo das taxas que prevalecem nos mercados”.

O ministro salientou que esta foi "a última emissão de Obrigações do Tesouro em 2010", afirmando ainda que não ignora "as consequências e dificuldades trazidas para o país pela manutenção de taxas de juro tão elevadas".


Já ontem, Teixeira dos Santos garantira aos credores da República que o Governo não vai desviar-se um milímetro do objectivo assumido, de reduzir o défice de 7,3% neste ano para 4,6% no próximo, e de começar a inverter a dinâmica de crescimento da dívida pública.

“Os portugueses já perceberam, e os mercados podem estar certos disso, que este é o caminho a seguir e o caminho que será de facto seguido sem hesitação, de modo a assegurar que o país continue a financiar-se nesses mesmos mercados”, frisou o ministro das Finanças. “A par desta consolidação, Portugal tem em curso um programa de privatizações que permitirá controlar e inverter o andamento da dívida pública” e “prosseguirá e aprofundará as reformas estruturais em curso de modo a aumentar o potencial de crescimento do país”, acrescentou o ministro.

Não obstante as renovadas garantias dadas pelo Executivo, os juros continuam esta manhã a bater máximos sucessivos, estando a negociar nos 6,97% nos prazos a dez anos - muito próximos, portanto, dos tais 7% que, há duas semanas (ainda com o Orçamento por aprovar), Teixeira dos Santos admitia ser o limite acima do qual o Governo seria forçado a “ponderar” pedir ajuda externa.

Juros permanecem colados aos 7%

Os juros permanecem em alta, depois de o Instituto de Gestão do Crédito Público ter feito a última emissão do ano, numa operação em que conseguiu angariar quase todo o montante pretendido (1.242 milhões de euros), mas a um preço recorde. No prazo a 10 anos, a taxa média subiu para os 6,806%, a mais alta desde que, pelo menos, Portugal entrou no euro, em 1999 . Na anterior emissão a 10 anos, realizada em finais de Setembro, o Estado havia pago aos investidores uma taxa média de 6,242%.

O agravamento das tensões nos mercados da dívida soberana estende-se a vários países do euro, em particular à Irlanda que hoje voltou a fixar um novo recorde histórico, com as taxas de juro associadas aos títulos a dez anos a romperem a barreira dos 8%.

A Irlanda cancelou todos os leilões de dívida programados para este ano e o seu Governo garante estar plenamente financiado até meados do próximo ano, pelo que não terá de, tão cedo, confrontar-se directamente com o “apetite” (ou a falta dele) dos investidores.

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