A Direção-Geral do Consumidor (DGC) anunciou esta segunda-feira que, no ano de 2024, recebeu 7.040 pedidos de informação e reclamações, sendo que os setores com mais queixas foram os serviços de comunicações eletrónicas, seguidos dos aparelhos de uso doméstico e dos serviços bancários e financeiros. No entanto, diz a DGC, todos registaram um decréscimo em comparação com 2023.

Os setores energia (eletricidade e gás) e os transporte também registaram uma redução das reclamações. Ainda assim, os consumidores apresentaram queixas relacionadas com o fornecimento e a qualidade de bens ou prestação de serviços, contratos, faturação, cobrança de dívidas e garantias legais e comerciais.

Por outro lado, "houve um aumento significativo nas reclamações relativas à compra e venda de veículos automóveis", diz a direção-geral. "Em posição de destaque e com valores constantes em relação a anos anteriores, encontram-se os setores do mobiliário e acessórios para casa e jardim, vestuário, calçado e produtos correlacionados, assim como os serviços de manutenção e melhoria da habitação", refere a DGC, em comunicado.

A direção-geral sublinha ainda que é relevante o facto de "as reclamações relativas a compras em lojas online serem tão predominantes como as das compras em lojas físicas". Isto reflete a consolidação das compras digitais no hábito de consumo dos portugueses, bem como alguma fragilidade em fazer valer os direitos dos consumidores nas compras à distância, refere ainda a DGC.

No ano passado, os consumidores que mais reclamaram junto da DGC residiam na região de Lisboa e Vale do Tejo, com maior incidência nos concelhos de Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Loures e Amadora. No Centro do país, destacam-se Coimbra, Leiria e Aveiro, enquanto no Norte, os concelhos com maior número de pedidos são Porto, Braga e Maia.