Notícia
Anacom recebeu menos reclamações em 2024. Mas queixas de serviços postais sobem
O regulador recebeu cerca de 104.100 reclamações no ano passado, o que traduz uma descida de 3% face ao verificado em 2023.
A Anacom recebeu aproximadamente 104,1 mil reclamações escritas relativas a serviços de comunicações no ano passado, o que representa um decréscimo de 3 mil reclamações ou 3% face aos valores de 2023, indicou esta segunda-feira o regulador do setor.
As comunicações eletrónicas continuam a representar a maioria das reclamações (60%), tendo sido registadas 62,3 mil reclamações. Este número corresponde a uma descida de 11% face ao ano anterior.
Já as reclamações sobre os serviços postais cresceram 12%, para 41,8 mil reclamações.
Entre as operadoras de telecomunicações, a Nos é o prestador de serviços mais visado, com 37% das reclamações e 7,7 reclamações por mil clientes. Seguiu-se a Vodafone, com 34% do total e 5,8 queixas por mil clientes. A Meo foi responsável por 26% das queixas e uma taxa de reclamação é de 3,2 por mil clientes.
Ainda assim, todas as operadoras apresentaram uma redução nas reclamações face a 2023, com a Meo a registar uma queda de 18%, a Vodafone de 13% e a Nos de 3%.
O principal motivo das queixas foi a faturação de serviços, com 18 mil reclamações e a Vodafone a ser responsável por 38% destas queixas.
A Digi, que apenas entrou no mercado português no último trimestre do ano passado, foi alvo de 0,9% das reclamações, o que representa aproximadamente 500 queixas. Os principais motivos foram a demora na portabilidade de número móvel, a demora ou ligação inicial deficiente de serviços fixos e a dificuldade no acesso e funcionamento das linhas telefónicas.
Falta de tentativa de entrega domina reclamações postais
A falta de tentativa de entrega no domicílio continua a dominar as reclamações postais, sendo responsável por 21% das 41,8 mil reclamações.
Nos serviços postais as queixas cresceram 12% face a 2023.
Os CTT, com 33,7 mil reclamações (uma subida de 10%), representam 81% do total das queixas no setor.
A DPD também apresenta um aumento de 10% nas reclamações, para 3,7 mil.
A falta de tentativa de entrega no domicílio continua a ser o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais, constituindo 21% do total de reclamações do sector e 18% das reclamações contra os CTT. Entre os motivos que mais aumentaram face a 2023, destaca-se o atraso na entrega de correio normal nacional.