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Lucro do Goldman Sachs sobe 15% no primeiro trimestre para 4,7 mil milhões
As receitas líquidas do banco de investimento superaram os 15 mil milhões de dólares, valor que marca um aumento de 6% em relação ao ano anterior e acima das expectativas de mercado.
O Goldman Sachs registou uma subida homóloga de 15% dos lucros no primeiro trimestre deste ano para cerca de 4,74 mil milhões de dólares, avança a Reuters. A banca norte-americana arrancou sexta-feira a época de apresentação de resultados trimestrais numa altura em que os investidores parecem estar a mudar o foco para as projeções económicas, marcadas pela incerteza em torno das tarifas dos EUA aos seus parceiros comerciais.
A volatilidade sentida nos mercados nos primeiros três meses do ano fez aumentar as receitas de negociação de ações do banco liderado por David Solomon em 27%, para um recorde de 4,2 mil milhões de dólares. Isto, à medida que os investidores se esforçavam para atenuar o impacto das novas tarifas que foram sendo anunciadas desde que Donald Trump tomou posse como Presidente dos Estados Unidos (EUA), em meados de janeiro.
Apesar da incerteza vivida nos mercados na última semana, o CEO do Goldman Sachs mostra-se confiante quanto ao futuro próximo. "Embora estejamos a entrar no segundo trimestre com um ambiente operacional marcadamente diferente do do início do ano, continuamos confiantes na nossa capacidade de continuar a apoiar os nossos clientes", afirmou David Solomon, citado pela Reuters.
No entanto, a cautela dos investidores pode vir a limitar o crescimento nos próximos meses, à medida que empresas enfrentam algumas das barreiras comerciais mais acentuadas do último século.
As receitas do braço de gestão de ativos e património do banco de investimento - unidade que serve instituições e indivíduos com elevado património líquido -, caíram 3% para 3,68 mil milhões de dólares em comparação com o ano passado. O Goldman Sachs reservou ainda 287 milhões de dólares em provisões para perdas de crédito este ano, em comparação com 318 milhões no ano passado.
Após a apresentação de resultados, o banco de investimento norte-americano chegou a subir mais de 4% no pré-mercado, estando a registar ganhos em torno de 1% a esta hora.
Desde o início do ano, as ações da empresa já caíram cerca de 14%, enquanto os rivais JPMorgan e Morgan Stanley, que também já apresentaram resultados trimestrais, cederam cerca de 2% e 13%, respetivamente, desde o início do ano.
