Notícia
Deutsche Bank: Bancos centrais não têm armas para enfrentar uma crise real
O CEO do banco alemão, Christian Sewing, alertou que os bancos centrais não têm capacidade para lidar com uma crise económica real e que estão a esgotar todas as opções para mitigar os riscos de uma potencial recessão.
25 de Setembro de 2019 às 11:43
Os bancos centrais já "usaram todas as suas armas" e têm esgotado todas as suas opções para contrariar os receios de uma recessão global, disse Christian Sewing, à CNBC, nesta quarta-feira.
"Estou particularmente preocupado com os riscos financeiros e geopolíticos, desde a situação em Hong Kong até à tensão no Médio Oriente", afirmou o líder do banco alemão, acrescentando que "a situação macroeconómica extraordinária é muito difícil de prever, o que torna tudo isto muito mais volátil".
À margem da conferência de banca Sibos, o líder do banco alemão considera que nem o Banco Central Europeu (BCE), nem a Reserva Federal dos EUA (Fed) têm armas disponíveis para "atenuar" uma "crise económica real".
Os dois maiores bancos centrais do mundo estão a fazer esforços adicionais para aliviar a política monetária, nas últimas semanas, como resposta aos receios de recessão económica que se alastram nas duas regiões.
Há duas semanas o BCE avançou com novos estímulos, anunciando um corte na sua taxa de juro dos depósitos em 10 pontos base para um mínimo recorde de -0,5% e o regresso do programa de compra de ativos. Já a Fed desceu os juros pela segunda vez a 12 de setembro.
No entanto, vários banqueiros têm tecido duras críticas a esta postura "dovish" de Mario Draghi, líder do BCE, e de Jerome Powell, presidente da Fed. Ontem, foi a vez do governador do banco de França, Villeroy de Galhaus, que afirmou publicamente que as medidas de estímulo adotadas pelo BCE, como o regresso da compra de ativos, são "injustificadas e desnecessárias".
Sewing considera que "vários economistas acreditam que o o baixo nível do preço do dinheiro vai ter algum efeito", concluindo que esta é também uma opinião partilhada pelos clientes do Deutsche Bank.
"Estou particularmente preocupado com os riscos financeiros e geopolíticos, desde a situação em Hong Kong até à tensão no Médio Oriente", afirmou o líder do banco alemão, acrescentando que "a situação macroeconómica extraordinária é muito difícil de prever, o que torna tudo isto muito mais volátil".
Os dois maiores bancos centrais do mundo estão a fazer esforços adicionais para aliviar a política monetária, nas últimas semanas, como resposta aos receios de recessão económica que se alastram nas duas regiões.
Há duas semanas o BCE avançou com novos estímulos, anunciando um corte na sua taxa de juro dos depósitos em 10 pontos base para um mínimo recorde de -0,5% e o regresso do programa de compra de ativos. Já a Fed desceu os juros pela segunda vez a 12 de setembro.
No entanto, vários banqueiros têm tecido duras críticas a esta postura "dovish" de Mario Draghi, líder do BCE, e de Jerome Powell, presidente da Fed. Ontem, foi a vez do governador do banco de França, Villeroy de Galhaus, que afirmou publicamente que as medidas de estímulo adotadas pelo BCE, como o regresso da compra de ativos, são "injustificadas e desnecessárias".
Sewing considera que "vários economistas acreditam que o o baixo nível do preço do dinheiro vai ter algum efeito", concluindo que esta é também uma opinião partilhada pelos clientes do Deutsche Bank.