Notícia
Deputado do partido de Boris Johnson junta-se aos liberais e tira maioria ao Governo
O deputado conservador Philip Lee abandonou o partido liderado por Boris Johnson e juntou-se ao grupo dos liberais. O Governo fica assim sem uma maioria no Parlamento.
O ex-ministro da Justiça, Philip Lee, anunciou esta terça-feira, 3 de setembro, que abandonou o grupo parlamentar do Partido Conservador e juntou-se aos Liberais Democratas britânicos. A maioria do atual Governo era de apenas um voto, pelo que, com esta saída, Boris Johnson fica sem maioria parlamentar.
"Após um período de grande reflexão, cheguei à conclusão de que não é mais possível servir os meus eleitores e os melhores interesses do país como membro conservador do Parlamento", anunciou Philip Lee no Twitter, depois de ter mudado de bancada enquanto Boris Johnson falava no Parlamento. Lee, que é médico de formação, é deputado da cidade de Bracknell e fez campanha contra o Brexit.
A maioria do Governo britânico era composta por 320 deputados, dos quais 310 eram conservadores e 10 do DUP (partido unionista da Irlanda do Norte). Com menos um deputado conservador, o Governo só tem o apoio de 319 deputados, a um voto da maioria.
No futuro, os deputados que apoiam o Governo podem ser ainda menos. Numa entrevista à Sky News em Westminster, Philip Lee garantiu que teve conversas sobre esta saída com vários colegas do seu partido que partilhavam as suas preocupações. Apesar de ter dito que não sabe se esses colegas vão sair dos Conservadores, Philip Lee admitiu que essa possibilidade passou pelas conversas, mas a decisão caberá aos próprios.
"O partido no qual entrei em 1992 não é o partido que eu estou a abandonar hoje", escreve Philip Lee numa carta enviada ao primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, Boris Johnson. Para o deputado britânico, o atual Governo está a colocar em risco as vidas dos cidadãos "sem necessidade" e está a colocar em causa a "integridade" do Reino Unido.
"[O Governo] está a enfraquecer a economia do nosso país, a democracia e o nosso papel no mundo. Está a usar manipulação política, 'bullying' e mentiras", acusa Philip Lee, referindo que o Executivo de Boris Johnson fá-lo de forma "deliberada".
A escolha de Lee é unir-se aos Liberais Democratas liderados por Jo Swinson. "Acredito que os Liberais Democratas são o melhor espaço para construir a força política de união e inspiração que é precisa para sarar as nossas divisões", argumenta o deputado.
Jo Swinson já felicitou Philip Lee por essa mudança. "Ele traz quase 10 anos de experiência parlamentar e décadas de experiência profissional", disse a líder dos liberais britânicos.
Anteriormente, também a ex-deputada conservadora Sarah Wollaston e o ex-deputado trabalhista se juntaram aos liberais democratas, um grupo parlamentar que, neste momento, conta com 16 deputados.
(Notícia atualizada às 16h41 com mais informação)
"Após um período de grande reflexão, cheguei à conclusão de que não é mais possível servir os meus eleitores e os melhores interesses do país como membro conservador do Parlamento", anunciou Philip Lee no Twitter, depois de ter mudado de bancada enquanto Boris Johnson falava no Parlamento. Lee, que é médico de formação, é deputado da cidade de Bracknell e fez campanha contra o Brexit.
After a great deal of thought, I have reached the conclusion that it is no longer possible to serve my constituents’ and country’s best interests as a Conservative Member of Parliament. My letter to the Prime Minister: pic.twitter.com/0QreSbSdwR
— Dr Phillip Lee MP (@DrPhillipLeeMP) September 3, 2019
A maioria do Governo britânico era composta por 320 deputados, dos quais 310 eram conservadores e 10 do DUP (partido unionista da Irlanda do Norte). Com menos um deputado conservador, o Governo só tem o apoio de 319 deputados, a um voto da maioria.
No futuro, os deputados que apoiam o Governo podem ser ainda menos. Numa entrevista à Sky News em Westminster, Philip Lee garantiu que teve conversas sobre esta saída com vários colegas do seu partido que partilhavam as suas preocupações. Apesar de ter dito que não sabe se esses colegas vão sair dos Conservadores, Philip Lee admitiu que essa possibilidade passou pelas conversas, mas a decisão caberá aos próprios.
"O partido no qual entrei em 1992 não é o partido que eu estou a abandonar hoje", escreve Philip Lee numa carta enviada ao primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, Boris Johnson. Para o deputado britânico, o atual Governo está a colocar em risco as vidas dos cidadãos "sem necessidade" e está a colocar em causa a "integridade" do Reino Unido.
"[O Governo] está a enfraquecer a economia do nosso país, a democracia e o nosso papel no mundo. Está a usar manipulação política, 'bullying' e mentiras", acusa Philip Lee, referindo que o Executivo de Boris Johnson fá-lo de forma "deliberada".
A escolha de Lee é unir-se aos Liberais Democratas liderados por Jo Swinson. "Acredito que os Liberais Democratas são o melhor espaço para construir a força política de união e inspiração que é precisa para sarar as nossas divisões", argumenta o deputado.
Jo Swinson já felicitou Philip Lee por essa mudança. "Ele traz quase 10 anos de experiência parlamentar e décadas de experiência profissional", disse a líder dos liberais britânicos.
Anteriormente, também a ex-deputada conservadora Sarah Wollaston e o ex-deputado trabalhista se juntaram aos liberais democratas, um grupo parlamentar que, neste momento, conta com 16 deputados.
(Notícia atualizada às 16h41 com mais informação)