São pragmáticas: há talento e criatividade entre os 550 mil funcionários público do País, bastando apenas envolvê-los e motivá-los para que esse potencial venha ao de cima. São persistentes: estão a trabalhar no projecto desde que se cruzaram, há três anos, com um consultor especializado na área da inovação, que contribuiu pro bono com o seu "know how". E são obstinadas: há vários meses há espera que o partido as apoiasse, avançaram sem que tal acontecesse.

Teresa Venda e Rosário Carneiro, deputadas independentes do grupo parlamentar do Partido Socialista, acabam de entregar à Assembleia da República um projecto de resolução, no qual propõe a criação e desenvolvimento de uma "fábrica de ideias" na Administração Pública (AP).

Pode parecer um bicho de sete cabeças, mas o plano é simples. Trata-se de criar estruturas e ferramentas que induzam a um ambiente propício à inovação, através do qual os funcionários públicos sejam encorajados a participar e a produzir ideias que se possam traduzir em inovações. Logo, em maior eficiência e melhor serviço. Afinal, sublinham, o actual Governo assumiu no seu programa o objectivo de "alcançar uma AP eficaz, que sirva bem os cidadãos".