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Cristas: “Se fosse noutro país, já não haveria ministro das Finanças em funções”

A presidente do CDS diz que Mário Centeno está “muito fragilizado” pela polémica que envolve as garantias que deu a António Domingues na CGD. Na iniciativa Eco Talks, sublinha que num outro país, o ministro já se tinha demitido.

Há vida para além de Portas: A saída de Paulo Portas abriu uma frente de batalha no CDS. Mas as trincheiras ficaram, desde cedo, definidas: de um lado posicionou-se o eurodeputado Nuno Melo, muito popular entre as bases; do outro, Assunção Cristas, que era a preferida fora do partido. Nuno Melo acabaria por recuar e Assunção Cristas teve caminho aberto para se tornar a primeira mulher líder do CDS. É candidata à Câmara de Lisboa.
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16 de Fevereiro de 2017 às 11:30
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Assunção Cristas não entende como é que Mário Centeno ainda não deixou o cargo de ministro das Finanças. "Todos nós erramos, mas pelo menos que o dissesse com franqueza", afirmou a presidente do CDS, esta manhã, numa iniciativa organizada pelo jornal Eco. Cristas diz que Centeno "está francamente fragilizado" e garante que "noutro país, já não haveria ministro das Finanças em funções".

 

A líder do CDS garante que o partido não dá o caso como encerrado – como fez o Presidente da República, em declarações ao Negócios – e critica o "bloqueio de informação" que está a ser promovido pela esquerda – que impediu o acesso aos SMS trocados entre Centeno e António Domingues, que contêm eventuais compromissos sobre a dispensa da apresentação de declaração de rendimentos. "Trabalharemos com os instrumentos ao nosso alcance para ir o mais longe possível", promete.

 

Adicionalmente, Cristas diz que é "grave que alguém vá a uma comissão de inquérito e não diga toda a verdade". O CDS acusou Mário Centeno de mentir na comissão, quando disse que "inexistia" correspondência trocada com Domingues. Chegou-se a uma situação de "grande gravidade que é: como isto é tão incómodo, vamos bloquear. Não me parece que é forma própria de lidar com as situações em democracia", critica.

 

O CDS admite "pedir uma audiência ao Presidente da República para discutir estas questões do funcionamento do Parlamento". E diz que o "primeiro-ministro é muitíssimo hábil em retirar-se de cena em qualquer situação incómoda".

E não existem semelhanças entre este caso e o de Maria Luís Albuquerque, envolvida no caso dos "swaps"? "Não há comparação possível", certifica Cristas, que foi colega de Governo da ex-ministra das Finanças.

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