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Cristas: Legislação laboral e dinamismo das empresas explicam crescimento
A presidente do CDS-PP atribuiu hoje ao dinamismo das empresas e à legislação laboral o crescimento da economia, renovando o apelo ao Governo para que não altere as leis do trabalho, apesar das "pressões sucessivas" das "esquerdas radicais".
"Este crescimento alcança-se com uma legislação laboral que até agora não tem sido alterada e que nós esperamos que o Governo resista a alterá-la, apesar das pressões sucessivas por parte das esquerdas mais radicais para que haja mudanças nesta área", defendeu Assunção Cristas.
Durante uma visita ao Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, em Lisboa, a líder centrista argumentou também que os números do crescimento económico "estão associados ao grande trabalho de muitas empresas quer nacionalmente, que investem arriscando o seu capital", quer "aquelas que procuram no mundo inteiro formas e oportunidades para expandir o seu negócio".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que a economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017, um ritmo de crescimento anual acima da média europeia, e o mais elevado desde 2000.
"Aqui temos a prova provada de que é possível crescer economicamente, criar emprego, baixar o desemprego, com uma legislação com estabilidade", vincou Assunção Cristas.
A presidente centrista percorreu os 'stands' do SISAB acompanhada pelos deputados Pedro Mota Soares e Patrícia Viegas, repetindo uma visita anual que iniciou quando foi ministra da Agricultura do Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.
A menos de um mês do Congresso do CDS e a dois dias do início da reunião magna do PSD, a líder centrista recusou pronunciar-se sobre a influência da nova liderança do antigo parceiro de Governo e preferiu concentrar-se no elogio às empresas, relacionando o dinamismo do sector privado com os êxitos da economia.
"A oposição que nós fazemos ao Governo tem a ver com aquilo que corre mal e que nós achamos que é da responsabilidade do Governo. Certamente que números positivos de crescimento da nossa economia são bons para o país", defendeu.
Para a presidente do CDS, no país "há uma parte boa, que corre bem, que tem muito a ver com o trabalho essencialmente do sector privado, essencialmente de empresas, de dimensões muito diferentes".
"Nós vimos aqui um grande actor no mercado ibérico, como vimos também pequeninos produtores que vêm para primeira vez à SISAB. É desta malha, feita muito de pequenas empresas, às vezes micro e também médias empresas, que nós conseguimos desenvolver a economia portuguesa", frisou.