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PIB cresceu 2,7% no ano passado, o ritmo mais alto desde 2000

A economia portuguesa acelerou fortemente em 2017, depois de no ano anterior o PIB ter crescido 1,5%. O registo - avançado pelo INE através de uma estimativa rápida - é o melhor desde 2000.

Paulo Duarte
14 de Fevereiro de 2018 às 09:32
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A economia portuguesa cresceu 2,7% em 2017, o valor mais alto desde 2000, e de acordo com as estimativas mais recentes dos economistas, revela a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta quarta-feira. 

O registo conhecido esta manhã supera largamente a primeira previsão que o Governo tinha inscrito no Orçamento do Estado para 2017 e que apontava para uma subida do PIB de 1,5%, tendo este desempenho acima do esperado contribuído de forma positiva para a performance orçamental. 

No Orçamento do Estado para 2018, apresentado em Outubro passado, o Ministério das Finanças actualizou esta previsão, elevando o crescimento económico para 2,6%. Para este ano, o Executivo espera uma desaceleração do crescimento para 2,2%. 

"Em 2017, o PIB aumentou 2,7% em volume, mais 1,2 pontos percentuais que o verificado no ano anterior. Esta evolução resultou do aumento do contributo da procura interna, reflectindo principalmente a aceleração do investimento, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo idêntico ao registado em 2016", lê-se na nota do INE publicada esta manhã.
O INE não avança informação mais detalhada sobre o desempenho da economia no conjunto do ano passado, adiantando, porém, que para 28 de Fevereiro está prevista a publicação de dados mais detalhados que permitem perceber melhor (e quantificar) qual o contributo de cada componente para este comportamento. 

Nos últimos três meses do ano, o PIB aumentou 0,7%, em aceleração face à taxa de variação em cadeia observada no terceiro trimestre de 2017. Este desempenho permitiu que a taxa de variação homóloga ficasse nos 2,4%, um ligeiro abrandamento (de apenas uma décima) em relação ao trimestre anterior. 
"O contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu, em resultado do abrandamento do investimento e do consumo privado. Em sentido oposto, o contributo da procura externa líquida foi positivo (no trimestre anterior tinha sido negativo), reflectindo a aceleração em volume das exportações de bens e serviços e a desaceleração das importações de bens e serviços", explica o INE. Isto significa que na recta final do ano, a economia teve um comportamento ligeiramente diferente do que apresentou no conjunto de 2017, já que o investimento terá perdido gás entre Outubro e Dezembro. 

"Comparativamente com o terceiro trimestre de 2017, o PIB aumentou 0,7% em termos reais, uma taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no trimestre anterior. O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB passou de negativo a positivo, observando-se uma aceleração mais intensa das exportações de bens e serviços que das importações de bens e serviços. O contributo da procura interna diminuiu no 4º trimestre, devido sobretudo ao abrandamento do consumo privado", acrescenta o instituto estatístico.

(Notícia actualizada às 9:49)
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