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Crédito malparado dispara para novo recorde

O crédito malparado junto das famílias portuguesas atingiu um novo recorde no mês de Março, com especial destaque para o crédito ao consumo, onde a cobrança duvidosa está 43,9% mais elevada do que no mesmo mês do ano passado.

23 de Maio de 2008 às 11:36
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O crédito malparado junto das famílias portuguesas atingiu um novo recorde no mês de Março, com especial destaque para o crédito ao consumo, onde a cobrança duvidosa está 43,9% mais elevada do que no mesmo mês do ano passado.

De acordo com os dados hoje divulgados pelo Boletim Estatístico do Banco de Portugal, o crédito de cobrança duvidosa nos empréstimos a particulares situou-se no mês de Março nos 2,482 mil milhões de euros, um novo máximo de sempre

Este valor representa um aumento de 3,8% contra o mês anterior e 14,7% face a Março de 2007.

O crédito concedido às famílias portuguesas está também a aumentar fortemente, apesar da subida das taxas de juro e da maior reestritividade que os bancos dizem estar a tomar na concessão de crédito.

Pela primeira vez o crédito concedido às famílias portuguesas superou a barreira dos 129 mil milhões de euros, crescendo 0,7% face a Fevereiro e 10,2% contra Março do ano passado.

O peso do malparado no crédito total situa-se nos 1,9%, um nível idêntico ao observado em Fevereiro e acima dos 1,8% de Março de 2007.

Incumprimento no consumo dispara

Os dados do Banco de Portugal mostram que é no crédito ao consumo que os portugueses estão mais incumpridores.

O mal parado no crédito ao consumo atingiu um recorde de 590 milhões de euros em Março, mais 3,7% do que em Fevereiro e 43,9% do que em Março de 2007.

Mas o peso do malparado no crédito ao consumo até desce de 4,1% para 4%, uma vez que o crédito concedido subiu 5,1% face a Fevereiro, para 14,65 mil milhões de euros.

Face a Março de 2007, o crédito concedido no consumo aumentou 25,6% e nessa altura o malparado tinha um peso de 3,5%.

No crédito à habitação o malparado também aumentou para níveis recorde, nos 1,36 mil milhões de euros, o que pressupõe um crescimento mensal de 3,4% e homólogo de 13,5%.

O crédito concedido subiu para 102,76 mil milhões de euros (aumento mensal de 0,7% e homólogo de 10,7%), pelo que o malparado manteve o peso em 1,3%.

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