Notícia
Costa: "Estamos bastante confortáveis com o investimento chinês na banca"
Em entrevista à Bloomberg, em Macau, o primeiro-ministro disse ver com bons olhos a possibilidade de mais capital chinês entrar na banca portuguesa.
O primeiro-ministro António Costa diz ver com bons olhos a possibilidade de mais capital chinês entrar na banca portuguesa. "Estamos bastante confortáveis com o investimento de Espanha, de Angola e também da China. Somos uma economia aberta, queremos diversificar as nossas fontes de investimento, e vemos isso como uma vantagem, não como uma desvantagem".
António Costa respondia deste modo à Bloomberg TV, depois de ter sido questionado sobre se estava confortável com a forte presença de capital chinês na banca, que poderá ser reforçada caso se confirme o interesse do grupo Minsheng no Novo Banco.
Falando em Macau, na terça-feira 11 de Outubro, o primeiro-ministro disse ainda que "o investimento chinês em Portugal foi sempre muito positivo, especialmente no sector financeiro mas também no energético". "O investimento chinês ajudou-nos a recapitalizar os nossos bancos", precisou, acrescentando que espera ver resolvidos os problemas mais urgentes no sector até ao fim do ano, designadamente com uma solução que permita aliviar o peso do crédito mal parado.
China na Base das Lajes? Só para investigação
António Costa disse ainda que a Base das Lajes está aberta a investimentos chineses, agora que os Estados Unidos decidiram reduzir ao mínimo a sua presença, mas o primeiro-ministro deixou claro que não quer que os Açores se transformem num ponto de alavancagem militar da China no Atlântico.
Questionado sobre o interesse de altos responsáveis chineses, incluindo o do presidente Xi Jinping e do primeiro-ministro Li Keqiang que usaram as Lajes para fazer escala a caminho de destinos na América Latina, Costa frisou que continuará a honrar o pacto de defesa com os EUA, no âmbito da NATO, mas que quer aproveitar melhor a infra-estrutura existente para investigação. Os Açores, disse, são "muito importantes, tanto logisticamente no Oceano Atlântico, mas também em termos de tecnologia e pesquisa, no domínio das alterações climáticas e de pesquisa em águas profundas".