Notícia
Costa Silva: “Ainda bem que o modelo das ideias ultraliberais não vingou”
Na apresentação dos contributos públicos à Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030, o professor do Técnico insistiu na ideia de que “não é o mercado que nos vai salvar, é o Estado”. Costa Silva reitera ainda necessidade de requalificar a administração pública, hoje “muito orientada para pareceres e pouco para a resolução de problemas”.
"Não é o mercado que nos vai salvar, é o Estado", declarou o consultor Costa Silva na apresentação dos contributos da sociedade civil feitos para a Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030 (contou com 1.143 contributos), num evento que decorre na Gulbenkian, em Lisboa. No entender do professor do Instituto Superior Técnico, a crise em curso mostrou quão importante é o Estado Social e os serviços que presta aos cidadãos, a começar pela saúde e pela educação, o que o leva a esperar que haja a "humildade necessária" para reconhecer a "derrota histórica das ideias ultraliberais".
"Ainda bem que esse modelo não vingou", disse defendendo a aposta na modernização da administração pública e garantindo que "pos mercados autorregulados não funcionam necessariamente para o bem público".
No âmbito da requalificação da administração pública, que Costa Silva considera excessivamente burocrática pois "muito orientada para pareceres e poucos para a resolução de problemas", o também CEO da petrolífera Partex insistiu na necessidade de se criar uma loja do cidadãos para empresas e a realização de "conferências deliberativas" que permitam aos empresários acederem a decisões de forma mais ágil. Defendeu ainda o rejuvenescimento da administração pública, assim como do "audro de professores".
Dos mais de mil contributos públicos feitos para a sua Visão Estratégica, Costa Silva salientou que os eixos que receberam mais propostas dizem respeito ao investimento em infraestruturas físicas, à reindustrialização e à aposta na qualificação das pessoas e da administração pública.
(Notícia atualizada)