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MP investiga alegados despedimentos no Bloco de Esquerda
O caso dos cinco alegados despedimentos foi divulgado na semana passada pela revista "Sábado", que adiantou que algumas das mulheres que trabalhavam no partido estavam ainda a amamentar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito para investigar o caso dos alegados despedimentos que aconteceram no Bloco de Esquerda (BE).
Em resposta enviada esta quinta-feira à Lusa, a PGR referiu que se "confirma a instauração de inquérito, o qual corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa".
Questionado pela agência Lusa, o BE adiantou que ainda "não foi contactado pelo Ministério Público e, sendo, prestará todos os esclarecimentos".
A noticia da abertura de um inquérito ao Bloco de Esquerda foi avançada pelo Observador.
O caso dos cinco alegados despedimentos foi divulgado na semana passada pela revista "Sábado", que adiantou que algumas das mulheres que trabalhavam no partido estavam ainda a amamentar.
Em reação, o Bloco de Esquerda justificou, em comunicado, que a redução de pessoal feita na sequência da baixa da subvenção mensal que recebia foi feita de duas formas: "a generalidade das comissões de serviço foi terminada no final de março de 2022, respeitando os prazos legais de notificação" e "em dois casos, em atenção a situações pessoais particulares, o Bloco propôs que a cessação de vínculo se efetuasse no final de dezembro de 2022, garantindo às duas funcionárias mais tempo de preparação da fase seguinte das suas vidas".
"Nenhuma trabalhadora 'com um bebé de dois meses' foi despedida do quadro do Bloco. Nenhuma trabalhadora afetada pelo término de comissões de serviço foi substituída por outro trabalhador contratado para o efeito", divulgou o partido.
De acordo com o BE, a notícia "cita cinco 'despedimentos', um dos quais o de uma pessoa que - a própria notícia o reconhece - trabalha no Bloco de Esquerda até hoje".
"Outros dois casos são relativos a contratos cessados automaticamente pelo Parlamento Europeu no final dos mandatos de José Gusmão e Marisa Matias, como acontece com todos os contratos de todos os assistentes parlamentares europeus no final dos mandatos", acrescentou.